O Banco Central indeferiu a compra do Banco Master pelo BRB (BSLI3), frustrando um movimento estratégico da instituição. As ações encerraram estáveis a R$10,54, mas o mercado avalia os próximos passos.

O Banco de Brasília S.A. (BOV:BSLI3) informou em fato relevante que o Banco Central rejeitou a proposta de aquisição do Banco Master, que previa a compra de 49% das ações ordinárias e 100% das ações preferenciais da instituição. O pedido havia sido protocolado em 28 de março de 2025, mas o regulador decidiu pelo indeferimento nesta quarta-feira (03/09).

O BRB reforçou que solicitou acesso integral à decisão para avaliar os fundamentos e possíveis alternativas. Em comunicado, a instituição destacou que via a operação como uma “oportunidade estratégica com potencial de geração de valor para o BRB, seus clientes, o Distrito Federal e o Sistema Financeiro Nacional”.

A negativa do Banco Central interrompe, ao menos por ora, os planos de expansão do BRB no mercado financeiro nacional. Para analistas, a aquisição do Banco Master poderia reforçar a diversificação de receitas e aumentar a relevância do banco no setor, mas a decisão indica que a regulação segue criteriosa para movimentos de consolidação.

No pregão desta quarta-feira (03/09), as ações do BRB (BSLI3) encerraram estáveis, cotadas a R$10,54, sem variação em relação ao fechamento anterior. No acumulado das últimas 52 semanas, os papéis variaram entre R$6,80 e R$27,45, refletindo um cenário de forte volatilidade e incertezas estratégicas.

O Banco de Brasília é uma instituição financeira controlada pelo Governo do Distrito Federal, com atuação relevante em crédito consignado, varejo e serviços bancários. Seus principais concorrentes no setor incluem bancos médios e regionais que disputam espaço em nichos específicos do mercado de crédito.

Diante do impasse, investidores seguem atentos aos próximos capítulos da relação entre BRB e Banco Master, além da resposta do mercado nos próximos pregões.