Movimento reforça estratégia de gestão de passivos do Banco do Brasil, que prioriza emissões locais de letras financeiras perpétuas. Ação BBAS3 fechou estável a R$22,31 na bolsa de valores.

O Banco do Brasil (BOV:BBAS3) comunicou nesta segunda-feira (15/09) que exercerá, em 15 de outubro de 2025, a opção de resgate total de seus títulos subordinados de nível I, emitidos originalmente em 2013. A operação envolve US$ 1,7236 bilhão ainda em circulação, de um total inicial de US$ 2 bilhões.

Segundo a instituição, o movimento está alinhado à estratégia de gestão de ativos e passivos, que busca reduzir custos e reforçar a estrutura de capital do banco. A decisão não deve trazer impacto relevante para a liquidez, já que o capital complementar de nível I encerrou junho em 13,27%, nível considerado confortável.

Os papéis, conhecidos no mercado como Banbra 8,748% a.a., foram emitidos com taxa fixa anual e agora serão quitados integralmente. A instituição informou ainda que, em sua nova estratégia, dará preferência à emissão de letras financeiras perpétuas no mercado doméstico, reforçando sua base de capital com instrumentos de menor custo.

Na bolsa de valores brasileira, as ações do Banco do Brasil (BBAS3) encerraram o pregão de sexta-feira (12/09) estáveis, cotadas a R$22,31. Durante o dia, os papéis oscilaram entre a mínima de R$18,12 e a máxima de R$30,04 nas últimas 52 semanas. O mercado deve acompanhar de perto os efeitos da decisão no custo de capital do banco e na percepção de risco pelos investidores nos próximos pregões.

O Banco do Brasil é uma das maiores instituições financeiras da América Latina, com forte presença em crédito, investimentos, agronegócio e serviços bancários digitais. Entre seus principais concorrentes estão Itaú Unibanco (BOV:ITUB4), Bradesco (BOV:BBDC4) e Santander Brasil (BOV:SANB11).

O resgate dos títulos marca mais um passo da estratégia do Banco do Brasil para manter sua estrutura de capital sólida e competitiva no setor financeiro.