Ibovespa avança 0,90% na semana (08 a 12/09), com 47 ações em alta, 44 em queda e 4 estáveis; Banco do Brasil lidera os ganhos entre as large caps, enquanto Yduqs sofre forte correção entre as educacionais.

O Ibovespa (BOV:IBOV) encerrou a semana entre 08 e 12 de setembro de 2025 em alta de 0,90%, sustentado pelo forte desempenho de setores ligados a consumo e transporte, apesar da pressão negativa de empresas de tecnologia e educação. Ao todo, 47 ações subiram, 44 recuaram e 4 permaneceram estáveis no período, refletindo um movimento equilibrado, mas com destaques relevantes em extremos da curva.

Maiores altas da semana

A liderança ficou com a Azul (BOV:AZUL4), que disparou 28,28%, impulsionada por um short squeeze, queda nos custos de combustível e retomada da demanda por voos corporativos. Em seguida, a Magazine Luiza (BOV:MGLU3) avançou 10,92%, refletindo maior otimismo no varejo digital. O Banco do Brasil (BOV:BBAS3) teve ganho de 7,21%, com investidores reagindo positivamente ao momento de crédito controlado e expectativas de dividendos robustos. A Minerva (BOV:BEEF3) subiu 7,79% após habilitação de plantas frigoríficas para exportar carne à Indonésia. Fechando o pódio das altas, a Cyrela (BOV:CYRE3) valorizou 6,76%, apoiada em recomendação positiva de corretoras e projeções otimistas para o setor imobiliário.

Maiores baixas da semana

Do lado oposto, a Yduqs (BOV:YDUQ3) liderou as quedas, com retração de 7,16%, em meio à realização de lucros e pressões sobre o setor de educação. A Vamos (BOV:VAMO3) caiu 6,47%, refletindo cautela em transporte e logística. A CVC (BOV:CVCB3) recuou 6,51%, pressionada por resultados ainda fracos e elevada alavancagem. A Hapvida (BOV:HAPV3) perdeu 5,23% com preocupações sobre custos e endividamento no setor de saúde. Já a MRV (BOV:MRVE3) desvalorizou 4,91%, acompanhando a pressão sobre as construtoras mais expostas à renda média-baixa.

Vale e Petrobras

As gigantes do índice também tiveram presença relevante na semana. A Vale (BOV:VALE3) avançou 1,42%, após anunciar a licença de operação do projeto Serra Sul +20 Mtpa, que ampliará a produção de minério de ferro no Pará. Já a Petrobras (BOV:PETR3 | BOV:PETR4) teve ganhos mais discretos — 0,39% e 0,32%, respectivamente — em meio à emissão de títulos no mercado internacional, captação de US$ 2 bilhões e novas discussões estratégicas sobre transição energética e etanol.

Monitor Performance ADVFN

O desempenho semanal das ações do Ibovespa pode ser acompanhado em tempo real no Monitor Performance ADVFN (link aqui), que permite comparar ganhos e perdas diários, semanais, mensais e anuais das empresas que compõem o principal índice da bolsa brasileira.


Destaques Semanais do Momento B3

Entre as maiores altas citadas no Momento B3, a Azul (BOV:AZUL4) disparou após movimento técnico de short squeeze e notícias positivas sobre demanda aérea. A Minerva (BOV:BEEF3) também brilhou, com autorização de exportação de carne para a Indonésia. BRF (BOV:BRFS3) e Marfrig (BOV:MRFG3) avançaram com a aprovação da fusão no Cade e anúncio de dividendos bilionários. A Cyrela (BOV:CYRE3) ganhou impulso após upgrade de recomendação do Bradesco BBI.

Entre as baixas corporativas, a CVC (BOV:CVCB3) foi pressionada pela fragilidade operacional; a Hapvida (BOV:HAPV3) recuou diante de preocupações financeiras; a Cogna (BOV:COGN3) caiu com pessimismo no setor educacional; a Yduqs (BOV:YDUQ3) liderou as perdas do segmento; e a Braskem (BOV:BRKM5) sofreu ajustes em meio à revisão de estrutura de capital da subsidiária Idesa.

Resumo dos Eventos Corporativos da Semana

  • Alpargatas (BOV:ALPA4) – Anunciou redução de capital social em R$ 850 milhões, devolvendo recursos a acionistas. A medida, contudo, não impediu a pressão no papel, que refletiu cautela do mercado.

  • Azul (BOV:AZUL4) – Disparou 28,28% após forte short squeeze, além da queda no combustível e recuperação do tráfego corporativo internacional.

  • B3 (BOV:B3SA3) – Aprovou emissão de R$ 2,6 bilhões em debêntures; ainda assim, caiu 2,85% na semana.

  • BRF (BOV:BRFS3) – Alta de 4,70% após aprovação da fusão com a Marfrig e anúncio de dividendos expressivos.

  • Marfrig (BOV:MRFG3) – Ganhou 6,24% com a fusão e o anúncio de mais de R$ 2,3 bilhões em dividendos.

  • Braskem (BOV:BRKM5) – Caiu 3,36% após contratar consultorias para revisar a estrutura de capital da Idesa.

  • Cosan (BOV:CSAN3) – Notícias sobre interesse de compra por André Esteves movimentaram os papéis, que subiram 1,78%.

  • Oncoclínicas (BOV:ONCO3) – Noticiou repactuação com ANS e estudo de aumento de capital; pressão sobre o papel ao longo da semana.

  • Minerva (BOV:BEEF3) – Subiu 7,79% após três plantas serem habilitadas para exportar carne bovina à Indonésia.

  • Vale (BOV:VALE3) – Anunciou licença para expansão de mina em Carajás; subiu 1,42%.

  • Petrobras (BOV:PETR3 | BOV:PETR4) – Emissão de títulos internacionais e planos de investir em etanol; ações subiram levemente.

  • Caixa Seguridade (BOV:CXSE3) – Mudança no comando da empresa trouxe volatilidade; recuo de 1,90% na semana.

  • IRB Brasil (BOV:IRBR3) – Teve rating elevado pela S&P, mas ainda fechou em queda de 1,47%.

  • Cyrela (BOV:CYRE3) – Recomendação positiva impulsionou o papel em 6,76%.

  • Santos Brasil (BOV:STBP3) – Concluiu OPA pela CMA Terminals Atlantic, mas o papel fechou em leve alta de 0,91%.

  • Telefônica Brasil (BOV:VIVT3) – Anunciou R$ 400 milhões em JCP, mas caiu 0,47%.