O Relatório Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (15/09) trouxe ajustes importantes nas projeções do mercado. A expectativa para o IPCA em 2025 foi revisada levemente para baixo, passando de 4,85% para 4,83%. Já a estimativa para o câmbio no mesmo período também recuou, de R$ 5,55 para R$ 5,50.
No campo do crescimento econômico, a projeção para o PIB em 2025 foi mantida em 2,16%. Em relação à taxa Selic, o mercado segue firme em sua previsão de 15% para este ano, sem alterações há doze semanas consecutivas.
As projeções para a inflação de 2026 permaneceram em 4,30%, enquanto para 2027 houve uma leve redução de 3,93% para 3,90%. Já em 2028, a estimativa seguiu em 3,70%. Para o IGP-M, o cenário também mostrou ajustes: para 2025, caiu de 1,15% para 1,10%; em 2026, de 4,23% para 4,20%; em 2027, ficou em 4%; e em 2028 permaneceu em 3,96%.
No que diz respeito aos preços administrados dentro do IPCA, a expectativa para 2025 recuou de 4,68% para 4,66%. Para os anos seguintes, as projeções ficaram em 4,00% em 2026 e 2027, e caíram de 3,70% para 3,65% em 2028.
Para a taxa Selic, a projeção de 2026 passou de 12,50% para 12,38%. Em 2027, o mercado manteve a previsão de 10,50%, e para 2028 a taxa segue estável em 10% há 38 semanas consecutivas.
No câmbio, o mercado projeta R$ 5,60 tanto em 2026 quanto em 2027. Já para 2028, houve uma leve queda, de R$ 5,56 para R$ 5,54.
Quanto ao PIB, a expectativa para 2026 caiu de 1,85% para 1,80%. Para 2027, houve elevação de 1,88% para 1,90%, enquanto em 2028 a estimativa continua em 2%, sem mudanças há 79 semanas.
Esses ajustes no Relatório Focus indicam que, embora o cenário inflacionário mostre sinais de acomodação, o mercado segue cauteloso quanto às projeções de juros e crescimento, refletindo um equilíbrio entre riscos internos e externos que ainda influenciam o rumo da economia brasileira.
No contexto atual, essas revisões reforçam a percepção de que a trajetória da inflação continua no radar dos investidores. O impacto imediato tende a se refletir na bolsa de valores brasileira (BOV:IBOV), no câmbio (FX:USDBRL) e nos contratos futuros de juros (BMF:DI1FUT), uma vez que cada atualização do Focus ajusta expectativas e pode provocar movimentos de curto prazo nos preços dos ativos.
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