Esse é o Bom dia ADVFN,  05 de setembro de 2025, com tudo o que você precisa saber antes da Bolsa abrir!

Bolsas mundiais:  Os futuros americanos operam em alta, Nesta sexta-feira, os investidores acompanham uma agenda mais enxuta, mas de grande relevância para os rumos da política monetária. Todas as atenções se voltam para os Estados Unidos, onde será divulgado o payroll de agosto. O relatório de emprego deve indicar se o Federal Reserve terá espaço para mais cortes de juros em setembro. A aposta de uma redução de 25 pontos-base já é praticamente unânime, sobretudo após o desconforto demonstrado por Jerome Powell em Jackson Hole com a resiliência do mercado de trabalho.

Nos Estados Unidos,  os índices futuros em alta. Na agenda, o payroll de agosto será divulgado às 9h30. Economistas projetam a criação de cerca de 75 mil vagas em agosto, com a taxa de desemprego em 4,3%. Caso confirmado, será o quarto mês seguido de crescimento abaixo de 100 mil postos, ritmo mais fraco desde o início da pandemia em 2020. Nos mercados futuros, as apostas em cortes de juros são majoritárias: a ferramenta FedWatch, do CME Group, indica 97% de probabilidade de que o Fed reduza a taxa básica já na reunião de 17 de setembro.

Na Europa,  as bolsas operam no campo negativo, enquanto investidores aguardam dados cruciais do mercado de trabalho dos EUA, que devem influenciar a trajetória dos juros básicos americanos. O índice pan-europeu Stoxx 600 avançava 0,21%, a 551,23 pontos.

O foco na Europa hoje é o relatório de emprego dos EUA, o chamado payroll, a ser divulgado no meio da manhã. O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro cresceu 0,1% no segundo trimestre de 2025 ante os três meses anteriores. O avanço n comparação anual, no entanto, foi levemente revisado para cima, de 1,4% para 1,5%.

Entre outros indicadores europeus, as encomendas à indústria da Alemanha sofreram uma queda em julho, enquanto as vendas no varejo britânico subiram mais do que o esperado no mesmo período.

No Reino Unido, as vendas no varejo avançaram 0,6% em julho frente ao mês anterior, superando a projeção de alta de 0,2% de economistas consultados pela Reuters. Já os dados do Halifax mostraram que os preços dos imóveis britânicos registraram alta de 0,3% em agosto.

Petróleo: Os preços do petróleo operam em baixa, devido a um aumento surpreendente nos estoques de petróleo bruto dos EUA na semana passada e às expectativas de que os produtores da OPEP+ aumentarão as metas de produção em uma reunião neste fim de semana.

Na Ásia,  os mercados fecharam em alta, após os EUA confirmarem a redução de tarifas sobre importações de carros do Japão e à espera de dados do mercado de trabalho americano que podem pavimentar o caminho para o Federal Reserve (Fed) voltar a reduzir juros.

O índice Nikkei subiu 1,03% em Tóquio, a 43.018,75 pontos, um dia após o presidente Donald Trump assinar ordem executiva que implementa o acordo comercial que os EUA negociaram com o Japão em julho, reduzindo as tarifas sobre carros japoneses vendidos para o mercado americano.

Na China continental, os mercado se recuperaram após três dias de quedas. O Xangai Composto avançou 1,24%, a 3.812,51 pontos, e o Shenzhen Composto saltou 3,19%, a 2.405,82 pontos. Ontem, particularmente, as bolsas chinesas haviam amargado perdas significativas após relatos de que reguladores em Pequim estavam considerando formas de esfriar um recente rali das ações domésticas.

O Hang Seng teve ganho de 1,43% em Hong Kong, a 25.417,98 pontos, o Taiex avançou 1,30% em Taiwan, a 24.494,58 pontos, e o sul-coreano Kospi registrou ligeira alta de 0,13% em Seul, a 3.205,12 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul pelo segundo dia consecutivo, com alta de 0,51% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 8.871,20 pontos.

Petróleo:

Os futuros internacionais de petróleo WTI estão sendo negociados a US$ 63,18  (-0,47%).

Brent  é negociado a US$ 66,72  (-0,40%).

Bitcoin:

Negociado a US$ 112.767,65  (+2,60%).

Ouro:

Negociado a US$ 3.550,08  a onça-troy (-0,09%).

Minério de ferro: 

O minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, +0,77%, a 789,50 iuanes (US$ 110,55).

Brasil:

Lei Magnitsky: O Banco do Brasil (BB) estuda medidas de contingência caso o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos decida ampliar sanções financeiras que possam atingir clientes da instituição ou até mesmo o próprio banco. O tema ganhou força após a inclusão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes na lista da Lei Magnitsky, que prevê punições a indivíduos acusados de violações de direitos humanos e corrupção.

Segundo fontes ouvidas pelo Estadão, a alta liderança do BB vem consultando escritórios de advocacia americanos e especialistas em políticas públicas para mapear riscos e entender de que forma o governo dos EUA tem apurado informações sobre o sistema financeiro brasileiro. O governo federal, acionista controlador do banco, também acompanha as discussões. Entre as possibilidades consideradas, executivos chegaram a avaliar o desvio de parte das transações em dólar para outras unidades no exterior, reduzindo a exposição nos EUA.

Atualmente, o BB mantém cerca de 50 mil clientes atendidos por escritórios em Nova York e Miami. No entanto, mesmo que as operações não passem diretamente por bancos americanos, todas precisariam ser reportadas ao Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA. Em nota, o Banco do Brasil reforçou seu “compromisso absoluto com o cumprimento das leis brasileiras e internacionais às quais está sujeito” e destacou que suas atividades são conduzidas “dentro do marco legal, regulatório e ético, em conformidade com as normas do Brasil e dos países onde atua há mais de 80 anos”.

Economia:.

✔️ Oi (OIBR3): divulgou na quinta-feira, 4, o resultado do segundo trimestre de 2025 (2T25). A companhia teve prejuízo líquido de R$ 835 milhões no período. Dessa forma reverte o lucro de R$ 15 bilhões obtido no segundo trimestre de 2024 (2T24), quando houve ganho de natureza contábil. O Ebitda da companhia foi negativo em R$ 91 milhões no 2T25. No mesmo período de 2024, o Ebidta foi negativo em R$ 83 milhões.  A receita líquida da companhia atingiu R$ 714 milhões no trimestre, queda de 66,7% na base anual de comparação.

✔️ Leilão: Dois grupos estrangeiros serão os protagonistas da disputa que ocorre nesta sexta-feira, 5, no leilão para a construção do Túnel Santos-Guarujá, o primeiro túnel imerso do país, e um dos mais aguardados certames no ano.  A espanhola Acciona e a portuguesa Mota-Engil foram os grupos que se inscreveram para assumir o contrato do mega-projeto estimado em R$ 6,8 bilhões. O critério de julgamento do leilão é o maior percentual de desconto sobre o valor máximo a ser pago pelo governo na PPP (parceria Público-Privada) do projeto, fixado em R$ 438,3 milhões ao ano.

A empresa que ganhar o leilão será responsável pela construção, operação e manutenção do túnel por um período de 30 anos. O edital de concessão do túnel estabelece base de R$ 6,15 para o pedágio na ida e na volta.

Estima-se que cerca de 80 mil pessoas utilizem diariamente a ligação, hoje limitada às balsas e catraias. Atualmente, o fluxo ocorre por meio de balsas que transportam mais de 21 mil veículos que cruzam diariamente as duas margens utilizando barcos de pequeno porte (catraias) e as balsas, além de 7,7 mil ciclistas e 7,6 mil pedestres. A alternativa por terra é um trajeto de 43 quilômetros pela rodovia Cônego Domênico Rangoni, a SP-055. Com o túnel, o tempo gasto na travessia deve cair para cerca de dois minutos. Hoje, turistas e moradores dos dois municípios levam entre 8 e 60 minutos. A obra também deve impulsionar o Porto de Santos.

✔️ Banco Master se aproxima da intervenção. Instituição financeira vê resgate ficar mais distante enquanto possibilidade de intervenção do Banco Central se torna mais concreta. Clientes e credores aguardam definição sobre o futuro do banco em meio a problemas de liquidez.

✔️ Tesouro Nacional arrecada quase R$ 18 bi em leilão extraordinário. Demanda forte por títulos públicos indexados à inflação sinaliza apetite dos investidores por proteção contra alta de preços. O resultado positivo alivia pressão sobre as contas públicas em meio ao cenário fiscal desafiador.

Agenda Econômica:

🇩🇪 03h00 – Alemanha: Encomendas à indústria de julho
🇬🇧 03h00 – Reino Unido: Vendas no varejo de julho
🇪🇺 06h00 – Zona do euro: PIB final do 2TRI
🇺🇸 09h30 – EUA: Payroll de agosto ⚠️
🇺🇸 14h00 – EUA/Baker Hughes: poços e plataformas de petróleo em operação

 

Ibovespa e dólar no último pregão:

Ibovespa:

Referência do mercado brasileiro, o principal índice fechou em alta de 0,81%, aos 140.993 pontos, movimentando R$13,1 bilhões em negócios.  

Maiores altas do Ibovespa

YDUQ3
+6.33%
R$ 13,95
COGN3
+6.32%
R$ 3,03
CSAN3
+5.93%
R$ 7,15
MGLU3
+5.23%
R$ 8,65
RAIL3
+4.15%
R$ 14,80

Maiores baixas do Ibovespa

BRAV3
-1.66%
R$ 18,98
WEGE3
-1.59%
R$ 37,25
PCAR3
-1.30%
R$ 3,81
AZZA3
-1.10%
R$ 33,23
SUZB3
-0.58%
R$ 51,67

Dólar:

O dólar fechou em baixa de 0,13%, cotado a R$5,4471.

IFIX:

O índice fechou em baixa de 0,02%, aos 3.485,38 pontos.

Conheça o Telegram ADVFN e fique por dentro de tudo que acontece no mercado financeiro. 

Siga-nos nas redes sociais

Fonte:  CNBC, valor investe, G1, BDM, infomoney.  atualização: 7h30 (horário Brasília)