Esse é o Bom dia ADVFN, 17 de setembro de 2025, com tudo o que você precisa saber antes da Bolsa abrir!
Bolsas mundiais: Os futuros americanos operam no campo negativo. A atenção do mercado estará voltada não apenas para a decisão de juros nos EUA, mas também para a entrevista de Jerome Powell, marcada para 15h30, que poderá indicar a possibilidade de um novo corte já em outubro. Além disso, a divulgação da atualização das projeções econômicas deverá dar pistas sobre a trajetória da política monetária ao longo do ano, ampliando a expectativa por mais três reduções.
Nos Estados Unidos, os índices futuros operavam em baixa. Hoje, será marcada por decisão de juros americanos. Com as ações perto de máximas recordes, o tom tranquilo esconde a incerteza sobre como o Fed sinalizará o caminho para as taxas, com um corte de 25 pontos-base nesta reunião e mais três até abril já precificados. O risco é que as autoridades monetárias – encarregadas de proteger o mercado de trabalho – soem menos cautelosas em manter a inflação sob controle.
Os mercados globais de títulos registraram ganhos modestos, com o rendimento dos títulos do Tesouro de 10 anos em 4,02%. O ouro recuou de um recorde após romper brevemente a marca de US$ 3.700 a onça na sessão anterior.
Na Europa, as bolsas operam em alta em sua maioria, enquanto os mercados aguardam a mais recente decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed), que deve reduzir as taxas de juros na quarta-feira.
O índice pan-europeu Stoxx 600 era negociado em alta de 0,6%, com a maioria dos setores em território positivo. Entre as principais bolsas regionais, o DAX da Alemanha liderou os ganhos com um salto de 0,5%.
Grandes empresas de tecnologia americanas anunciaram que vão investir mais de US$ 40 bilhões para expandir a infraestrutura de inteligência artificial (IA) no Reino Unido, um impulso para a nação que recebeu hoje o presidente dos EUA, Donald Trump, para uma visita de estado.
Na Ásia, os mercados fecharam sem direção única, à medida que investidores ficaram mais cautelosos antes que o Federal Reserve (Fed) provavelmente anuncie seu primeiro corte de juros este ano, nas próximas horas. O índice japonês Nikkei caiu 0,25% em Tóquio, a 44.790,38 pontos, e o sul-coreano Kospi recuou 1,05% em Seul, a 3.413,40 pontos, após ambos atingirem níveis recordes em pregões recentes, enquanto o Taiex cedeu 0,75% em Taiwan, a 25.438,25 pontos.
Na China continental, os mercados subiram após Pequim propor uma série de medidas para impulsionar o consumo doméstico de serviços. O Xangai Composto teve modesta alta de 0,37%, a 3.876,34 pontos, e o Shenzhen Composto avançou 0,83%, a 2.510,52 pontos.
O Hang Seng ficou no azul em Hong Kong, com ganho de 1,78%, a 26.908,39 pontos, graças a um rali de 4,2% de seu subíndice de tecnologia.
Na Oceania, a bolsa australiana teve desempenho negativo, com baixa de 0,67% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 8.818,50 pontos, refletindo a queda de ações nos setores imobiliário e de mineração.
Petróleo:
Os futuros internacionais de petróleo WTI estão sendo negociados a US$ 64,04 (-0,74%).
O Brent é negociado a US$ 67,96 (-0,73%).
Bitcoin:
Negociado a US$ 116.684,17 (+0,11%).
Ouro:
Negociado a US$ 3.666,15 a onça-troy (-0,78%).
Minério de ferro:
O minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, -0,12%, a 804 iuanes (US$ 112,30).
Brasil:
Blindagem: A Câmara dos Deputados aprovou na terça-feira (16), em primeiro turno, a proposta de emenda constitucional conhecida como PEC da Blindagem. A medida amplia as proteções judiciais de deputados e senadores, permitindo que decisões da Justiça contra parlamentares, como prisões, sejam submetidas à avaliação do Congresso em votação secreta.
Economia:.
✔️ Copom-Selic: o destaque do dia é a decisão do Copom, que deve anunciar no final da tarde a manutenção da taxa Selic em 15%, com indicação de que permanecerá neste patamar por um período prolongado.
✔️ Vale: a S&P Global elevou o rating da Vale de “BBB-” para “BBB”, com perspectiva estável. Em relatório, a agência menciona que a Vale retirou sua última barragem da lista de classificadas como nível 3 de risco de emergência em agosto de 2025 e “aprimorou consideravelmente sua supervisão e controles de risco nos últimos anos”. A S&P ressalta que a Vale manteve a alavancagem controlada e um balanço patrimonial forte, apesar dos preços gerais mais fracos, e alinhou seus planos de investimento e remuneração aos acionistas com as condições de mercado.
A perspectiva “estável” reflete a visão da agência de que a Vale “manterá a alavancagem sob controle e manterá forte liquidez, ajustando pagamentos de dividendos, investimentos em capital e recompras de ações, se necessário”.
✔️ Embraer: Os metalúrgicos da Embraer decretaram greve por tempo indeterminado na unidade de São José dos Campos, no interior de São Paulo. Segundo o sindicato local, a paralisação ocorre em meio a negociação salarial. “A reivindicação é reajuste salarial de 11%, benefício de R$ 1 mil e assinatura de convenção coletiva. A decisão foi aprovada em assembleia, nesta quarta-feira (17)”, disse o sindicato. Na unidade de São José dos Campos, a folha de pagamento da Embraer conta com cerca de 15 mil funcionários. Por lá a companhia fabrica jatos comerciais e executivos, sistemas e equipamentos e mantém um centro de desenvolvimento.
✔️ Companhias aéreas: o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) confirmou que o Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac) será usado de forma permanente como linha de crédito para companhias aéreas. A medida, inicialmente aprovada em 2024, ainda levantava dúvidas quanto à sua continuidade, mas o ministro Silvio Costa Filho afirmou que as liberações passarão a ser anuais. Para 2025, já estão assegurados R$ 6 bilhões, enquanto em 2024 o valor previsto é de R$ 4 bilhões — ainda dependente da conclusão de regras burocráticas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Os recursos, provenientes das outorgas pagas por concessionárias de aeroportos, poderão financiar aquisição e manutenção de aeronaves e motores, compra de combustível convencional e sustentável, infraestrutura logística e projetos de inovação.
✔️ Dívida pública: O país acumula os chamados “déficits gêmeos” — fiscal e externo — em patamares elevados, situação que, embora guarde diferenças, remete ao quadro crítico que antecedeu a crise no segundo mandato de Dilma Rousseff.
O déficit nominal, que contabiliza gastos do setor público incluindo o pagamento de juros da dívida, atingiu 7,12% do PIB do governo central nos 12 meses encerrados em julho, e deve chegar a 8,5% quando considerados União, estados e municípios. Desse total, cerca de 8 pontos percentuais correspondem apenas a juros. O peso dos juros é resultado direto da Selic em 15% ao ano, mantida em nível elevado para tentar conter a inflação após mais de dois anos de forte expansão fiscal.
Esse esforço, no entanto, não tem evitado o rápido crescimento da dívida pública bruta, que alcançou 77,5% do PIB em julho, alta de seis pontos em pouco mais de dois anos e meio. A deterioração das contas fiscais se agrava pela ausência de superávits primários consistentes, diferentemente do que ocorreu nos dois primeiros mandatos de Lula.
No setor externo, o déficit em conta corrente saltou de 1,4% para 3,5% do PIB em um ano. A piora decorre da perda de fôlego da balança comercial e da alta nas saídas líquidas de serviços e rendas, como remessas de lucros e dividendos. O quadro é preocupante, ainda que o fluxo de investimento estrangeiro direto siga suficiente para financiar o rombo.
Agenda Econômica:
🇬🇧 03h00 – Reino Unido/ONS: CPI de agosto
🇧🇷 05h00 – Fipe: IPC da 2ª quadrissemana de setembro
🇪🇺 06h00 – Zona do euro/Eurostat: CPI final de agosto
🇧🇷 08h00 – FGV: IGP-10 de setembro
🇺🇸 09h30 – EUA/Dept°. do Comércio: construções de moradias iniciadas de agosto
🇺🇸 11h30 – EUA/DoE: estoques de petróleo da semana até 12/9
🇧🇷 14h30 – BC: Fluxo cambial semanal
🇺🇸 15h00 – EUA: Fed divulga decisão de política monetária
🇧🇷 18h30 – BC: Copom divulga decisão de política monetária
Eventos
🇩🇪 04h30 – Alemanha/BCE: Christine Lagarde discursa em abertura de conferência
🇺🇸 15h30 – EUA/Fed: Jerome Powell participa de coletiva de imprensa
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Ibovespa e dólar no último pregão:
Ibovespa:
Referência do mercado brasileiro, o principal índice fechou em alta de 0,36%, aos 144.061 pontos, renovando sua máxima histórica. O volume financeiro somou R$ 20,9 bilhões.
Maiores altas do Ibovespa
MRFG3 |
+5.60%
|
R$ 27,52
|
BRFS3 |
+5.28%
|
R$ 22,15
|
LREN3 |
+4.19%
|
R$ 16,89
|
CEAB3 |
+3.60%
|
R$ 18,41
|
CSNA3 |
+2.54%
|
R$ 8,07
|
Maiores baixas do Ibovespa
HAPV3 |
-3.03%
|
R$ 38,14
|
NATU3 |
-2.13%
|
R$ 8,75
|
VIVT3 |
-1.30%
|
R$ 33,38
|
SLCE3 |
-1.05%
|
R$ 17,01
|
EQTL3 |
-0.85%
|
R$ 36,25
|
Dólar:
O dólar fechou em baixa de 0,44% e encerrou a R$ 5,2987, no menor patamar desde 6 de junho do ano passado.
IFIX:
O índice fechou em alta de 0,28%, aos 3.556,90 pontos.
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