Conglomerado liderado por Rubens Ometto levanta até R$ 10 bilhões, recebe aporte de R$ 4,5 bilhões do BTG Pactual e prepara oferta subsequente; ação CSAN3 busca recuperar valor após queda de 6,5% em 2025.

A Cosan (BOV:CSAN3), um dos maiores conglomerados brasileiros de energia e infraestrutura listados na bolsa de valores, anunciou um acordo estratégico para levantar cerca de R$ 10 bilhões. O movimento inclui aportes bilionários do BTG Pactual Holding, do fundo Perfin Infra e do family office de Rubens Ometto, fundador da companhia. O objetivo é reduzir a alavancagem e dar fôlego para retomar a trajetória de crescimento.

O reforço financeiro chega em um momento delicado para a Cosan, que enfrenta margens menores no setor de açúcar e etanol, além de desafios no segmento de distribuição de combustíveis. Desde a aquisição de participação na Vale (BOV:VALE3) em 2022, a companhia carrega elevado nível de endividamento, em um cenário de juros altos no Brasil.

Do total levantado, o BTG Pactual (BOV:BPAC11) vai injetar R$ 4,5 bilhões, enquanto o Perfin Infra aportará R$ 2 bilhões. Já o family office de Ometto contribuirá com R$ 750 milhões. A operação ainda prevê uma oferta subsequente de até R$ 2,75 bilhões, ampliando a capacidade de investimento e liquidez da empresa.

“Estamos confiantes em nossa decisão de capitalizar a companhia neste momento, o que nos permitirá combinar a desalavancagem com a retomada da trajetória de crescimento da Cosan”, afirmou Marcelo Martins, CEO da companhia, em comunicado oficial.

Na sexta-feira (19/09), as ações da Cosan (CSAN3) fecharam cotadas a R$ 7,50, estáveis no pregão da B3. No acumulado de 2025, o papel registra queda de 6,5%, enquanto o Ibovespa (BOV:IBOV) avança 21% no mesmo período. A expectativa é que a notícia do aporte bilionário traga maior confiança ao mercado e possa influenciar positivamente a cotação nos próximos pregões.