Dados econômicos dos EUA vieram mais fortes do que o previsto e reduziram as apostas em cortes imediatos de juros pelo Fed. O PIB cresceu 3,8% no segundo trimestre, acima da estimativa anterior de 3,3%, marcando o ritmo mais forte desde 2023.
O dólar ganhou força, com o índice que mede a moeda frente a seis pares avançando 0,63% na quarta e 0,69% na quinta, antes de recuar 0,11% para 98,45. A alta da moeda enfraqueceu o sentimento sobre criptomoedas, já em queda antes dos dados de inflação PCE.
Os pedidos de bens duráveis subiram 2,9% em agosto, revertendo a queda de 2,7% em julho, bem acima da previsão de retração de 0,5%. O resultado, impulsionado por tarifas e custos de produção, reforçou a leitura de economia resiliente, aumentando a cautela quanto a cortes de juros.
O mercado de trabalho também surpreendeu: pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram para 218 mil na terceira semana de setembro, contra expectativa de 235 mil. Foi o menor número em dois meses, consolidando a percepção de economia robusta e diminuindo esperanças de afrouxamento monetário rápido.
Até o momento na semana no mercado de criptomoedas, o Bitcoin registra queda semanal de 6,3%, sendo negociado por volta das 09h10 (horário de Brasília) de sexta-feira, 26 de setembro de 2025, a US$ 108.950.
O Ethereum perdeu 13,9% na semana, cotado no momento da escrita a US$ 3.884,07, enquanto Solana recuou 19,9% na semana, cotado a US$ 192,57, e BNB caiu 5,7% na semana, cotado a US$ 933,55. O XRP recuou 10,2%, cotado a US$ 2,72.
O sentimento foi agravado por saídas de ETFs cripto: US$ 253 milhões em fundos de Bitcoin e US$ 251 milhões em produtos de Ethereum na quinta-feira. O Índice de Medo e Ganância do CMC recuou de 41 para 32, entrando na zona de “medo”.
A capitalização total do mercado cripto encolheu 2%, para US$ 3,75 trilhões, enquanto o volume disparou 31%, a US$ 231 bilhões. Mais de 80% dos maiores tokens caíram acima de 1%. Entre exceções, Plasma (XPL) disparou 15% nas últimas 24 horas, uma alta semanal de 22,6% após lançar sua mainnet.
Agora, a atenção se volta ao PCE, indicador preferido do Fed, a ser divulgado nesta sexta-feira. O índice anual deve subir para 2,7%, ante 2,6%, enquanto o núcleo deve se manter em 2,9%. Os dados podem redefinir apostas sobre os próximos passos da política monetária americana.
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