Os futuros de ações dos EUA recuavam na segunda-feira, 22 de setembro de 2025, com os investidores se preparando para uma semana dominada por relatórios de lucros do setor de tecnologia e indicadores econômicos importantes.

A Micron está entre as empresas em destaque, com investidores observando atentamente os sinais de impulso no setor de inteligência artificial. Enquanto isso, as ações de TI da Índia caíram após o anúncio de uma nova taxa para o visto H-1B nos EUA, e as ações da BYD recuaram após relatos de que a Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, vendeu integralmente sua participação na fabricante de veículos elétricos.

Futuros mostram leves quedas

Às 07h13 (horário de Brasília), os futuros do Dow Jones caíam 144 pontos, ou 0,31%, os futuros do S&P 500 recuavam 17 pontos, ou 0,25%, e os futuros do Nasdaq 100 recuavam 71 pontos, também 0,29%.

Na semana passada, os principais índices de Wall Street fecharam em máximas recordes pelo segundo dia consecutivo, com o volume de negócios atingindo o maior nível desde abril. O S&P 500 e o Nasdaq Composite registraram o terceiro ganho semanal consecutivo, impulsionados pelo corte de 25 pontos-base na taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed) e por indicações de potenciais reduções adicionais.

Os movimentos individuais incluíram a FedEx (NYSE:FDX), que subiu após divulgar resultados trimestrais mais fortes do que o esperado, e a Apple (NASDAQ:AAPL), que subiu depois que o JPMorgan Chase aumentou seu preço-alvo.

Lucros da tecnologia para ficar de olho

A atenção se volta esta semana para os resultados do setor de tecnologia, com analistas buscando insights sobre as tendências de crescimento impulsionadas pela IA.

A Micron (NASDAQ:MU) (BOV:MUTC34) deve divulgar seus resultados após o fechamento do mercado na terça-feira. O sentimento tem sido otimista após o forte desempenho de concorrentes como Broadcom (NASDAQ:AVGO) (BOV:AVGO34) e Oracle (NYSE:ORCL) (BOV:ORCL34), bem como as previsões positivas dos analistas, de acordo com a Vital Knowledge.

Outras empresas de tecnologia importantes que divulgaram seus resultados esta semana incluem a Jabil (NYSE:JBL) (BO V:J2BL34), fornecedora da Apple, que prevê uma forte demanda por infraestrutura de IA, e a gigante de consultoria Accenture (NYSE:ACN) (BOV:ACNB34) , cujos investidores ficarão atentos aos impactos comerciais relacionados à IA.

Mudanças no visto pesam sobre empresas de TI indianas

Em relação aos acontecimentos internacionais, as gigantes da tecnologia dos EUA permaneceram estáveis ​​no início do pregão de Frankfurt, após a Casa Branca anunciar uma taxa anual de US$ 100.000 para vistos H-1B. Empresas como Microsoft, Alphabet e Goldman Sachs alertaram seus funcionários sobre possíveis interrupções no trabalho.

As ações de empresas indianas de TI, incluindo Tech Mahindra, Tata Consultancy e Infosys (NYSE:INFY) (BOV:I1FO34) , caíram, refletindo a forte dependência de contratos com sede nos EUA. A taxa de visto, combinada com a recente tarifa de 50% do presidente americano Donald Trump sobre as importações de petróleo indiano, pode trazer ainda mais desafios para o setor.

Ações da BYD caem após saída da Berkshire Hathaway

A BYD (USOTC:BYDDF) caiu nos mercados de Hong Kong e da China continental após a notícia de que a Berkshire Hathaway (NYSE:BKR.A) havia se desfeito completamente de sua posição.

As ações da BYD listadas em Hong Kong perderam 3,5%, para HK$ 109,50, enquanto as ações da China continental recuaram 1%, contribuindo para uma queda de 1% no índice Hang Seng.

A Berkshire confirmou o desinvestimento, que segue uma redução gradual de sua participação desde meados de 2022 para menos de 5% das ações em circulação da BYD.

Ouro se aproxima de níveis recordes

Os preços do ouro permaneceram fortes na segunda-feira, aproximando-se das máximas recordes da semana passada, com as expectativas de novos cortes de juros pelo Fed impulsionando o interesse dos investidores em barras de ouro.

Às 05h38 (horário de Brasília), o ouro à vista subiu 0,9%, para US$ 3.715,50 a onça, enquanto os contratos futuros avançaram 1,2%, para US$ 3.750,20/onça.

O foco do mercado permanece nos próximos dados econômicos dos EUA, incluindo a medida de inflação preferida do Fed, bem como nos comentários das autoridades. Taxas de juros mais baixas continuam beneficiando ativos sem rendimento, como o ouro, e os preços dos metais em geral também registraram ganhos após a flexibilização do Fed.


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