Banco reforça recomendação de compra para Eletrobras (BOV:ELET3), destacando dividendos atrativos e investimentos em transmissão. Ações sobem 3,67% nesta segunda-feira (15/09).
A Eletrobras (BOV:ELET3) voltou ao radar dos investidores nesta segunda-feira (15/09) após o Itaú BBA revisar para cima suas projeções para a companhia elétrica. O banco elevou o preço-alvo das ações de R$ 54,90 para R$ 63,30 ao final de 2026, reforçando a recomendação de compra (outperform) e destacando o potencial de valorização do papel na bolsa de valores.
Segundo os analistas, a revisão reflete preços de energia mais altos, fluxo do RBSE mais previsível, além do acordo com o Governo Federal sobre direitos de voto em assembleias, que reduziu incertezas jurídicas. Esses fatores, somados a uma taxa interna de retorno projetada em 13,2% e dividendos médios de 6,9% ao ano — podendo chegar a 15,8% em cenários favoráveis — colocam a Eletrobras entre as principais apostas do setor elétrico brasileiro.
O Itaú BBA também revisitou suas estimativas para os preços de energia entre 2026 e 2033. Para 2026, o megawatt-hora deve ficar em R$ 251; para 2027, R$ 213; e para 2028, R$ 190. Já entre 2029 e 2032, a expectativa é de R$ 200, com desconto de longo prazo a partir de 2033, projetando R$ 160. A cada R$ 10/MWh adicional nas projeções de curto e médio prazo, o preço-alvo das ações pode subir entre 3% e 3,6%.
Outro ponto de destaque é o plano de investimentos em transmissão. A empresa deve praticamente dobrar sua capacidade de investimento em modernização de ativos (brownfields), passando de R$ 3,3 bilhões em 2024 para cerca de R$ 6 bilhões por ano no médio e longo prazo.
No pregão desta segunda-feira (15/09), as ações da Eletrobras (BOV:ELET3) avançam 3,67%, cotadas a R$ 48,00 às 15h18, após abrirem a R$ 46,54. O papel já marcou mínima de R$ 46,54 e máxima de R$ 48,12, em dia de forte volume negociado (7,84 milhões de ações). O movimento mostra o otimismo do mercado diante da nova análise do Itaú BBA.
A Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobras) é a maior companhia do setor elétrico da América Latina, com operações em geração, transmissão e distribuição de energia. A empresa é uma das principais referências do segmento, competindo com players como Engie Brasil (BOV:EGIE3), Neoenergia (BOV:NEOE3) e Cemig (BOV:CMIG4).
A revisão do Itaú BBA reacende o otimismo em torno da Eletrobras, que pode unir valorização de ações e dividendos consistentes nos próximos anos.