O Brasil abriu a semana com divulgação do IGP-DI de agosto às 08h00 e do Boletim Focus às 08h25. O índice de preços veio melhor do que a projeção, registrando leve alta, enquanto o relatório semanal trouxe estabilidade das expectativas de inflação para 2025 e novos recuos para os anos seguintes. O contrato futuro de Ibovespa (BMF:INDFUT | BMF:WINFUT) reagiu negativamente no início do pregão, acompanhando cautela externa e interna.
O IGP-DI de agosto avançou 0,20%, após queda de 0,07% no mês anterior. O resultado ficou acima das expectativas, mostrando que a pressão inflacionária persiste, mesmo em ritmo mais controlado. O movimento costuma afetar os juros futuros, já que sinaliza maior atenção do Banco Central em relação ao comportamento dos preços, o que tende a manter as apostas de Selic elevada por mais tempo.
No Boletim Focus, as expectativas para o IPCA de 2025 permaneceram estáveis em 4,85%, após 14 semanas consecutivas de queda. Já para 2026, 2027 e 2028, houve recuo marginal, reforçando a tendência de desinflação gradual no médio prazo. Apesar disso, as projeções seguem mais próximas do teto da meta do que do centro, o que sugere uma condução cautelosa da política monetária.
As estimativas para o PIB recuaram ligeiramente após a divulgação do resultado do segundo trimestre, refletindo perda de fôlego da demanda doméstica. O Focus apontou queda de 2,19% para 2,16% em 2025, de 1,87% para 1,85% em 2026 e de 1,89% para 1,88% em 2027. O consenso de mercado para a taxa Selic ao final de 2025 permaneceu em 15,00%, com expectativa de início de cortes apenas em janeiro de 2026.
No mercado, o índice Ibovespa (BOV:IBOV) operava em queda de 0,73% aos 141.593,72 pontos às 12h00 (horário de Brasília). No câmbio, o dólar frente ao real (FX:USDBRL) subia 0,46%, cotado a R$ 5,4387. O euro (FX:EURBRL) avançava 0,77% a R$ 6,3898 e a libra (FX:GBPBRL) subia 0,78% a R$ 7,3615.
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