Pedido firme de 24 aviões, avaliado em US$ 2,1 bilhões, pode elevar backlog da Embraer a um recorde de US$ 36 bilhões e reforça otimismo de bancos como Itaú BBA, Bradesco BBI e JPMorgan.

A Embraer SA (BOV:EMBR3) anunciou nesta segunda-feira (22/09) que fechou um acordo com a Latam e suas afiliadas para a compra de até 74 aeronaves do modelo E195-E2, sendo 24 pedidos firmes e 50 opções de compra. O contrato, avaliado em aproximadamente US$ 2,1 bilhões, terá início de entregas no segundo semestre de 2026.

O negócio reforça a posição da Embraer no mercado de aviação regional e fortalece a conectividade na América do Sul. A Latam, que já opera modelos da Boeing e da Airbus, adiciona a fabricante brasileira ao seu portfólio, o que reforça a competitividade global da Embraer. Analistas apontam que a encomenda deve impulsionar margens no segmento de aviação comercial e reduzir a necessidade de descontos em novos contratos.

O Itaú BBA destacou que o pedido pode elevar a carteira de encomendas da Embraer para um recorde de US$ 31 bilhões no 3T25. Já o Bradesco BBI calculou que o backlog consolidado pode chegar a US$ 36 bilhões, alta de 7% sobre a última atualização, impulsionando a relação book-to-bill para 2,4 vezes em 2025. O JPMorgan manteve recomendação overweight, com preço-alvo de R$ 107, ressaltando que a Embraer negocia a múltiplos atrativos em comparação com Airbus e Boeing.

Às 13h34, as ações da Embraer (BOV:EMBR3) subiam 5,12%, cotadas a R$ 80,68, após abrirem a R$ 77,65. Os papéis já oscilaram entre R$ 77,35 (mínima) e R$ 80,99 (máxima) no pregão desta segunda-feira. No acumulado de 2025, os ativos já avançaram mais de 53%.

Fundada em 1969, a Embraer é uma das maiores fabricantes globais de aeronaves, atuando nos segmentos de aviação comercial, executiva e defesa. Suas principais concorrentes são Airbus (EPA:AIR), Boeing (NYSE:BA) e Bombardier (TSX:BBD-B). A companhia também controla a Eve Air Mobility (NYSE:EVEX), voltada para o mercado de mobilidade aérea urbana.

O pedido da Latam sinaliza não apenas confiança no produto da Embraer, mas também um novo fôlego para a aviação regional sul-americana. Investidores acompanham de perto os desdobramentos, atentos ao potencial de valorização das ações.