A fabricante brasileira prevê de 77 a 85 entregas em 2025 e reforça que a meta de 100 aeronaves por ano deve ser alcançada em 2028; EMBR3 recua 0,95% na bolsa de valores.
A Embraer (BOV:EMBR3), terceira maior fabricante de aeronaves do mundo, traçou uma meta ousada: alcançar 100 entregas anuais de jatos comerciais até 2028. O presidente-executivo, Francisco Gomes Neto, afirmou que os gargalos na cadeia de suprimentos continuam sendo o maior desafio, mas reforçou que a demanda segue aquecida e a carteira de pedidos praticamente fechada até 2027.
Segundo o executivo, a companhia deve entregar entre 77 e 85 aeronaves comerciais em 2025, após 73 em 2024. A última vez que a Embraer atingiu 100 entregas em um único ano foi em 2017, e a empresa vem em ritmo de recuperação desde 2021, após os impactos severos da pandemia no setor aéreo global.
Em 2026, a fabricante prevê um ano ainda mais desafiador para a produção, mas acredita que em 2027 retomará um ciclo consistente de crescimento. “Temos vendas firmes e pedidos garantidos. O verdadeiro desafio não é vender, mas entregar os aviões dentro do prazo”, afirmou Gomes Neto.
A Embraer também anunciou um contrato relevante: a companhia aérea norte-americana Avelo Airlines encomendou 50 aeronaves E195-E2, o primeiro pedido dessa linha de jatos nos Estados Unidos. Este ano, a empresa já havia registrado vendas para a japonesa ANA, a escandinava SAS e a norte-americana SkyWest.
No pregão desta quinta-feira (11/09), as ações da Embraer (BOV:EMBR3) caíam 0,95%, cotadas a R$ 79,43 às 16h12. O papel abriu o dia a R$ 80,71, chegou a bater máxima de R$ 81,30 e mínima de R$ 79,26, em um volume negociado de 4,48 milhões de ações. O desempenho reflete cautela do mercado diante das dificuldades operacionais, mas também mostra confiança no potencial de longo prazo da companhia.
A Embraer atua nos segmentos de aviação comercial, aviação executiva, defesa e segurança, além de mobilidade aérea urbana. Seus principais concorrentes são a Airbus (EPA:AIR) e a Boeing (NYSE:BA), mas a fabricante brasileira mantém forte posição no mercado de aeronaves regionais.