O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro registrou leve queda em julho, passando de 48,8% em junho (dado revisado) para 48,6%, segundo informações do Banco Central. O maior nível histórico foi registrado em julho de 2022, quando alcançou 49,9%.

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Ao desconsiderar as dívidas imobiliárias, o endividamento caiu de 30,6% em junho (revisado) para 30,4% em julho. Já o comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) passou de 28,0% (revisado) para 27,9%. Quando excluídos os empréstimos imobiliários, houve redução de 25,9% (revisado) para 25,8%.

No campo empresarial, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) apresentou crescimento em seu volume de financiamentos. O saldo para empresas aumentou 0,3% em agosto frente a julho, totalizando R$ 450,038 bilhões — o que representa uma alta de 7,5% em 12 meses.

As linhas de financiamento agroindustrial do BNDES avançaram 0,3% em agosto, mesma taxa observada nos investimentos. Em contrapartida, o crédito para capital de giro recuou 0,9% no período.

A combinação desses números traz sinais mistos para o mercado financeiro. A redução do endividamento das famílias tende a aliviar pressões sobre inadimplência e consumo, o que pode favorecer o desempenho de empresas ligadas ao varejo e aos bancos listados no mercado BOV, como Itaú Unibanco (BOV:ITUB4), Bradesco (BOV:BBDC4 | BOV:BBDC3) e Banco do Brasil (BOV:BBAS3). Já a expansão dos financiamentos do BNDES sinaliza estímulos adicionais para companhias dos setores industrial e agroindustrial, podendo impactar positivamente as ações dessas empresas.

No atual contexto, os dados divulgados reforçam a relevância da gestão de crédito para o equilíbrio entre consumo das famílias e expansão empresarial, fator que segue sendo acompanhado de perto por investidores na bolsa de valores e no mercado de títulos públicos.

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