Os estoques de petróleo nos Estados Unidos registraram um aumento expressivo de 3,939 milhões de barris na última semana, alcançando 424,646 milhões de barris, segundo dados divulgados pelo Departamento de Energia (DoE). A expectativa do mercado era bem diferente: analistas consultados pelo The Wall Street Journal previam uma queda de 1 milhão de barris.
O movimento não parou por aí. Os estoques de gasolina também surpreenderam, com alta de 1,458 milhão de barris, totalizando 219,997 milhões, frente à projeção de recuo de 600 mil barris. Já os estoques de destilados apresentaram salto ainda maior, avançando 4,715 milhões de barris e atingindo 120,638 milhões de barris, enquanto o mercado esperava redução de 400 mil barris.
Outro dado relevante veio do setor de refino. A taxa de utilização da capacidade das refinarias subiu de 94,3% para 94,9%, contrariando a projeção de queda para 93,4%. Já os estoques de petróleo em Cushing, importante centro de distribuição, tiveram recuo de 365 mil barris, para 23,857 milhões. Por fim, a produção média diária de petróleo no país avançou para 13,495 milhões de barris.
O impacto desses números pode ser significativo no curto prazo. A alta nos estoques sugere um excesso de oferta que tende a pressionar os preços internacionais do petróleo, como o Óleo Brent (CCOM:OILBRENT) e o Petróleo WTI (CCOM:OILCRUDE), além de influenciar diretamente contratos futuros negociados no mercado BMF. No câmbio, uma oferta maior pode reduzir pressões inflacionárias ligadas à energia, impactando expectativas de juros nos Estados Unidos e, consequentemente, o desempenho do Dólar (CCOM:DXY).
No cenário atual, em que os preços do petróleo já vinham refletindo preocupações sobre demanda global e cortes de produção da Opep+, o aumento inesperado dos estoques amplia a volatilidade do mercado. Esse movimento reforça a relevância de acompanhar os desdobramentos semanais do relatório do DoE para avaliar tendências futuras.
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