O Federal Reserve divulgou suas Projeções Econômicas de setembro na quarta-feira (17/09), trazendo ajustes relevantes para os próximos anos. A taxa básica de juros agora é estimada em 3,6% para 2025, abaixo da previsão anterior de 3,9%. Para 2026, a expectativa caiu para 3,4% (antes 3,6%), enquanto em 2027 deve ficar em 3,1%, uma redução de 0,3 ponto percentual em relação às estimativas de junho.

Já a inflação do índice PCE permaneceu em 3% para 2024, mas foi revisada para cima no próximo ano, de 2,4% para 2,6%. A inflação subjacente do PCE deve atingir 3,1% em 2025, em linha com as projeções anteriores, e alcançar 2,6% em 2026, um aumento de 0,2 ponto percentual frente às expectativas de junho.

No campo do crescimento econômico, o Produto Interno Bruto (PIB) foi revisto para cima: a expansão em 2025 deve ser de 1,6% (ante 1,4% previsto anteriormente), seguida por 1,8% em 2026 e 1,9% em 2027. Quanto ao mercado de trabalho, a taxa de desemprego é projetada em 4,5% este ano, caindo gradualmente para 4,4% em 2026 e 4,3% em 2027.

Essas mudanças refletem o esforço do Federal Reserve em equilibrar a política monetária para conter a inflação sem sufocar o crescimento. Para os mercados financeiros, a sinalização de cortes mais acelerados nos juros pode beneficiar a bolsa de valores norte-americana, já que ativos de risco tendem a se valorizar em cenários de custos de crédito mais baixos. Ao mesmo tempo, o dólar pode perder força frente a outras moedas, enquanto os títulos do Tesouro norte-americano ganham atratividade em prazos mais longos.

No contexto atual do mercado, em que investidores acompanham de perto cada sinal do Federal Reserve, essas revisões reforçam a relevância da política monetária como guia para expectativas sobre renda fixa, câmbio e bolsa de valores.

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