A agência de classificação de risco Fitch anunciou, na sexta-feira (12/09), o rebaixamento da nota de crédito da França para emissores de moeda estrangeira de longo prazo, passando de AA- para A+. A decisão reflete uma combinação de instabilidade política e preocupações fiscais.
Segundo a agência, “a derrota do governo em um voto de confiança ilustra a crescente fragmentação e polarização da política interna”, acrescentando que “essa instabilidade enfraquece a capacidade do sistema político de proporcionar uma consolidação fiscal substancial e torna improvável que o déficit fiscal principal seja reduzido para 3% do PIB até 2029, conforme meta do governo cessante”.
A Fitch também destacou o aumento expressivo da dívida pública, o que reduz a margem de manobra do país diante de possíveis choques econômicos futuros, já que qualquer reação mais forte poderia gerar ainda mais pressão sobre as contas fiscais.
Para os mercados, esse rebaixamento pode ampliar a percepção de risco em relação à economia francesa. Ações de empresas listadas no mercado Euronext, como BNP Paribas (EU:BNP) e TotalEnergies (EU:TTE), podem sofrer impacto negativo, assim como os títulos públicos franceses, que tendem a enfrentar maior exigência de prêmio de risco por parte dos investidores. O euro (FX:EURUSD) também pode reagir de forma mais volátil, refletindo a desconfiança em torno da estabilidade fiscal e política do país.
No contexto atual, a decisão da Fitch ganha relevância porque amplia as incertezas em um momento em que a Europa já enfrenta desafios econômicos e geopolíticos significativos. Esse rebaixamento deve ser acompanhado de perto pelos investidores da bolsa de valores, do mercado de câmbio e de títulos, pois pode influenciar diretamente o fluxo de capitais na região.
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