O Flamengo apresentou nesta quarta-feira detalhes atualizados sobre o projeto do novo estádio no terreno do Gasômetro, que agora terá custo total de R$ 3,1 bilhões, incluindo capital, contingências e obras de entorno. A diretoria revisou estimativas anteriores da gestão passada, que apontavam R$ 1,9 bilhão, considerando-as subestimadas e irreais.
O presidente Luiz Eduardo Baptista, o Bap, explicou ao Conselho Deliberativo que o prazo para inauguração só poderá ocorrer a partir de 2034, podendo se estender até 2036, dependendo da conclusão de etapas externas essenciais, como o remanejamento da Naturgy. O estádio terá capacidade de 72 mil lugares, menor do que os 78 mil do Maracanã, mas com foco em maior acessibilidade e menor número de assentos premium.
Além de apresentar o custo revisado, a diretoria mostrou que as receitas projetadas anteriormente foram superestimadas. Por exemplo, o preço médio de ingressos de R$ 195,44 e 30% dos assentos VIP eram valores considerados irreais pelo estudo da FGV, que recalculou o potencial de arrecadação de forma conservadora.
O estudo de viabilidade envolveu cinco empresas especializadas que realizaram sondagem, topografia, avaliação arbórea, patrimônio histórico e descontaminação do terreno. O objetivo foi corrigir distorções que afetavam a sustentabilidade do projeto original.
Segundo a diretoria, o planejamento anterior ignorava etapas críticas como a remoção da subestação da Naturgy, responsável por bombear gás para a região metropolitana do Rio de Janeiro, cuja transferência exigirá ao menos quatro anos, e não cinco meses como previsto anteriormente.
A gestão atual decidiu reduzir o número de assentos premium, ajustando o estádio para o perfil popular, e reformulou o modelo de financiamento, priorizando recursos próprios e evitando comprometimento da saúde financeira do clube.
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O presidente Bap reforçou que o projeto não transformará o clube em uma SAF e não afetará a performance esportiva. O estádio será construído de forma sustentável, priorizando receita realista, segurança jurídica e viabilidade econômica.
O custo de CPACs (Certificado de Potencial Adicional de Construção), estimado anteriormente em R$ 552 milhões, caiu para R$ 194 milhões. Esse ajuste reforça a estratégia de reduzir receitas superestimadas e aumentar a transparência financeira.
As próximas etapas incluem acompanhamento junto à Prefeitura do Rio para liberação do novo terreno da Naturgy, demolição do Gasômetro e limpeza do local, além da assinatura de termos definitivos com AGU e Caixa Econômica Federal.
A previsão de prazo mínimo para entrega é 2034, mas a conclusão final só será possível a partir de 2036, dependendo da remoção de obstáculos externos. O clube afirma que está seguindo todas as normas legais e ambientais para evitar atrasos adicionais.
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