O mercado acionário brasileiro viveu um setembro de retomada no fluxo de capital estrangeiro. Até a sexta-feira (26/09), investidores de fora haviam aportado R$ 4,8 bilhões na bolsa de valores local, de acordo com levantamento do Itaú BBA. Só na última semana, o saldo líquido foi de R$ 2,9 bilhões, mostrando fôlego renovado após meses de instabilidade.
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O resultado de setembro supera com folga os R$ 1,2 bilhão registrados em agosto, confirmando o segundo mês consecutivo de entrada positiva, após a saída de R$ 6,4 bilhões em julho. Ainda assim, o montante está abaixo dos R$ 5,4 bilhões de junho e distante dos R$ 10,6 bilhões de maio. No acumulado de 2025, a soma chega a expressivos R$ 26 bilhões.
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Esse movimento contrasta com a atuação dos investidores institucionais domésticos, que venderam R$ 1,9 bilhão em ações na última semana. Os fundos de ações também continuam pressionados: setembro terminou com resgates líquidos de R$ 2 bilhões, enquanto os multimercados acumularam saídas de R$ 1,9 bilhão. No acumulado do ano, os números são ainda mais robustos, com retiradas de R$ 41,4 bilhões dos fundos de ações e de R$ 69,7 bilhões dos multimercados.
A entrada de capital estrangeiro reforça a valorização do real no mês, sugerindo ligação direta entre fluxo e câmbio. Até sexta-feira (26/09), o dólar acumulava queda de cerca de 1,5% frente ao real. “Especialistas, no entanto, dizem que esse montante de entrada, olhando para o universo de investidores globais, ainda é tímido.”
Na análise setorial, empresas de petróleo e gás, bens de capital e transporte foram protagonistas da alta da semana. O grande destaque foi a Eletrobras (BOV:ELET6), responsável por quase 19% da valorização do Ibovespa. Na ponta oposta, papéis do setor de saúde, financeiras não bancárias e consumo/varejo estiveram entre as maiores quedas.
O movimento sugere efeitos positivos para os ativos da Eletrobras (BOV:ELET6), que ganha força como destaque do Ibovespa. A valorização tende a gerar maior confiança dos investidores no papel, ao mesmo tempo em que fortalece expectativas de recuperação setorial em energia e infraestrutura.
No contexto atual da bolsa de valores brasileira, a notícia reforça a importância do capital estrangeiro na sustentação dos preços e na valorização do real, mesmo diante da persistente saída de recursos dos fundos locais. Esse fluxo deve continuar sendo um ponto de atenção para os próximos meses.
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