A mais recente edição do relatório Focus mostrou que a mediana das expectativas para o déficit primário do setor público consolidado em 2025 segue em 0,52% do Produto Interno Bruto (PIB), levemente acima dos 0,50% projetados há um mês. A meta definida pelo governo é de déficit zero neste ano, com tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB para mais ou para menos.

Para 2026, a estimativa intermediária de déficit primário permanece em 0,60% do PIB pela quarta semana consecutiva. A meta oficial é de superávit de 0,25% do PIB, também com tolerância de 0,25 ponto para cima ou para baixo.

No caso do resultado nominal, que inclui os gastos com juros da dívida pública, a mediana para 2025 ficou estável em 8,50% do PIB, repetindo o dado da semana anterior, mas acima dos 8,40% projetados há um mês. Para 2026, o déficit nominal esperado se manteve em 8,40% do PIB, praticamente o mesmo nível registrado quatro semanas atrás (8,45%).

O relatório ainda mostrou que a dívida líquida do setor público (DLSP) como proporção do PIB em 2025 continua estimada em 65,80% pela 15ª semana consecutiva. Para 2026, a projeção passou de 70,08% para 70,10%, repetindo o mesmo nível observado quatro semanas antes.

Esses números reforçam a dificuldade do governo em entregar resultados próximos às metas fiscais definidas. O descompasso entre a trajetória esperada de receitas e despesas pode manter a percepção de risco elevada, pressionando o câmbio e os juros futuros, além de aumentar a cautela de investidores na bolsa de valores.

No cenário atual, as projeções destacadas pelo Focus mantêm relevância, já que o equilíbrio fiscal segue no centro das atenções dos agentes de mercado. O comportamento da dívida pública, do câmbio e dos juros futuros continua sendo monitorado de perto pelos investidores como termômetro da confiança na política econômica.

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