A inflação anual da França ficou em 0,9% em agosto, segundo dados finais divulgados pelo INSEE na sexta-feira. Na comparação mensal, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) avançou 0,4%. Ambos os resultados confirmaram os números já apresentados no relatório preliminar.
No detalhamento, os preços da energia recuaram 6,2% no período, após uma queda de 7,2% em julho. Já os alimentos mantiveram o ritmo de alta em 1,6%, repetindo a variação do mês anterior.
A inflação subjacente, que exclui alimentos e energia, desacelerou para 1,2% em agosto, abaixo dos 1,5% observados em julho. O Índice Harmonizado de Preços ao Consumidor (IHPC), utilizado para comparações entre países da União Europeia, apresentou alta de 0,8% na taxa anual e de 0,5% na variação mensal.
Os números reforçam a percepção de que o ambiente inflacionário segue controlado na França, o que pode ampliar o espaço de atuação do Banco Central Europeu em sua estratégia de política monetária. Em termos de mercado, a leitura indica um cenário de alívio para os juros futuros da região, ao mesmo tempo em que pode exercer pressão sobre o euro (FX:EURUSD) diante das demais moedas globais.
No atual contexto de mercados financeiros, a notícia ganha relevância por sinalizar que a economia francesa pode estar sustentando uma trajetória de inflação mais branda em comparação a outros países da zona do euro. Esse quadro pode influenciar diretamente os investidores da bolsa de valores de Paris (EU:PX1), além de ter reflexos no desempenho dos títulos públicos franceses e no câmbio da região.