Companhia Brasileira de Distribuição considera aporte privado ao preço de R$ 4,50 por ação, com potencial diluição de 16% e impacto positivo na desalavancagem; PCAR3 abre o pregão nesta quarta-feira (17/09) em alta de 3,37%.

A Companhia Brasileira de Distribuição (BOV:PCAR3), conhecida pelo varejo sob a marca GPA, estuda um aumento de capital privado de R$ 500 milhões. A operação, ancorada por um novo investidor ainda não presente no capital da empresa, prevê a emissão de ações ao preço de R$ 4,50 cada, oferecendo um prêmio de 8% em relação ao último fechamento. O movimento visa fortalecer o caixa da companhia e reduzir sua alavancagem financeira.

O plano ocorre em meio a desafios de fluxo de caixa e alta alavancagem do GPA, que registrou 4,9 vezes a dívida líquida ajustada/Ebitda no 2T25. Segundo o JPMorgan, a operação é vista como uma medida estratégica para complementar iniciativas de desalavancagem, incluindo vendas de ativos, cortes de investimento em capital e aumento da eficiência operacional.

A família Coelho Diniz não deve exercer o direito de preferência, priorizando a entrada primária de novos investidores. Além disso, o atacadista Roldão, que recentemente adquiriu cerca de 2,4% das ações do GPA, também sinaliza interesse em participar do conselho. A decisão final sobre o aumento de capital será formalizada após a eleição do novo conselho no início de outubro.

No pregão desta quarta-feira (17/09), PCAR3 abriu a R$ 4,21 e chegou a operar na máxima de R$ 4,42, com mínima de R$ 4,21. O último preço registrado às 10h43 foi de R$ 4,29, representando alta de 3,37% em relação ao fechamento anterior de R$ 4,15. O mercado tende a reagir positivamente à notícia, dado o potencial de fortalecimento do caixa e a expectativa de redução da alavancagem ajustada para cerca de 3,5 vezes até o fim de 2025.

A Companhia Brasileira de Distribuição atua no setor de varejo, com destaque para supermercados e atacarejos sob a marca GPA. Entre os principais concorrentes estão Carrefour (CRFB3), Assaí (ASAI3) e outros players do segmento de distribuição alimentar. A empresa busca equilibrar crescimento com eficiência operacional e sustentabilidade financeira.

Investidores devem acompanhar de perto os desdobramentos do aumento de capital e suas implicações sobre PCAR3.