Grupo Pão de Açúcar reforça que não há estudos sobre aumento de capital, mas confirma 730 demissões recentes dentro do projeto de redução de alavancagem financeira.

O Grupo Pão de Açúcar – GPA (BOV:PCAR3), uma das maiores varejistas listadas na bolsa de valores, veio a público nesta sexta-feira (19/09) para negar rumores divulgados pelo site Pipeline (Valor Econômico) sobre uma suposta capitalização privada de R$ 500 milhões. Em comunicado, a companhia afirmou que seus órgãos de governança não aprovaram, nem realizaram estudos sobre qualquer aumento de capital.

Segundo a empresa, também não procede a expectativa de que uma operação dessa natureza seria anunciada após a Assembleia Geral Extraordinária marcada para 06/10/2025. A notícia repercutiu no mercado porque investidores avaliam que uma injeção de recursos poderia reduzir a alavancagem financeira da companhia.

Embora tenha descartado a capitalização, o GPA confirmou que segue com seu plano de enxugamento de custos, o qual inclui demissões. A companhia informou que, entre 01/07/2025 e 16/09/2025, desligou aproximadamente 730 empregados, mas reforçou que não existem deliberações de governança aprovando cortes adicionais de 250 funcionários, como foi especulado pela imprensa.

O GPA destacou que o movimento faz parte de seu esforço para reduzir a alavancagem financeira e tornar a operação mais eficiente, em um setor de varejo que enfrenta forte concorrência de players como Carrefour Brasil (BOV:CRFB3) e Assaí (BOV:ASAI3).

No pregão desta quinta-feira (18/09), as ações do GPA (PCAR3) encerraram estáveis, cotadas a R$ 4,12, sem variação em relação ao fechamento anterior. O papel acumula queda de mais de 50% nas últimas 52 semanas, refletindo os desafios de recuperação do grupo. O mercado deve reagir nos próximos pregões à clareza dos esclarecimentos divulgados pela companhia.

O Grupo Pão de Açúcar, controlador de marcas como Pão de Açúcar, Extra e Assaí (antes da cisão), atua no varejo alimentar e já foi um dos maiores conglomerados do setor no Brasil. Atualmente, passa por um processo de reestruturação para reduzir endividamento e melhorar sua rentabilidade.