O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apresentou queda de 0,5% em julho, na comparação com junho, segundo dados dessazonalizados divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira. O resultado veio pior do que a contração de 0,2% esperada pelos economistas consultados pela Reuters, indicando uma desaceleração mais acentuada da economia.
Esse foi o terceiro mês consecutivo de retração do indicador, que costuma ser observado como uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB). Em relação a julho de 2024, no entanto, o IBC-Br mostrou avanço de 1,1%, apontando para algum fôlego na comparação anual.
A divulgação acontece em um momento crucial: na terça-feira (16/09) começa a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), quando os diretores do Banco Central devem decidir sobre a taxa básica de juros, a Selic. A expectativa majoritária do mercado é pela manutenção em 15%, diante das preocupações com as projeções e expectativas de inflação. O anúncio oficial será feito na quarta-feira (17/09).
No mercado financeiro, a leitura de um IBC-Br mais fraco tende a reforçar a percepção de desaceleração da economia, mas sem abrir espaço imediato para cortes de juros, já que a inflação segue como preocupação central. Esse quadro pode gerar volatilidade na bolsa de valores, no câmbio e no mercado de títulos públicos nos próximos dias.
Embora o dado mostre um crescimento de 1,1% na comparação anual, a sequência de três meses de queda sugere fragilidade no ritmo da atividade econômica. O número divulgado reforça a relevância da decisão do Copom nesta semana e deve manter investidores atentos aos próximos sinais do Banco Central sobre a condução da política monetária.
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