A terça-feira (16/09) foi de novos recordes na bolsa de valores brasileira: o Índice Bovespa (BOV:IBOV) subiu 0,36% e encerrou aos 144.061 pontos, renovando sua máxima histórica. O volume financeiro somou R$ 20,9 bilhões, superando a média móvel de R$ 14,5 bilhões das últimas 50 sessões. Já o contrato futuro de Ibovespa (BMF:INDFUT | BMF:WINFUT) acompanhou o bom humor, refletindo a expectativa por decisões de política monetária tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.

O pregão foi guiado por fatores locais e globais: no Brasil, investidores mantiveram compasso de espera pela decisão do Copom sobre a Selic, hoje em 15%, enquanto dados da Pnad Contínua mostraram queda histórica do desemprego para 5,6%. No cenário político, a saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro voltou ao radar após internação em Brasília. Lá fora, o mercado precifica corte de 25 pontos-base pelo Federal Reserve, e o petróleo Brent (CCOM:OILBRENT) avançou em meio a tensões da guerra Rússia-Ucrânia, com ataques a refinarias. Já o minério de ferro em Dalian se valorizou antes do feriado na China, mantendo pressão positiva sobre ações ligadas a commodities.

Entre as maiores altas do dia, brilharam Marfrig (BOV:MRFG3), gigante de carnes, com +5,60%; BRF (BOV:BRFS3), líder em alimentos processados, com +5,28%; e Lojas Renner (BOV:LREN3), referência no varejo de moda, com +4,19%. Do lado oposto, Hapvida (BOV:HAPV3), do setor de saúde, caiu 3,03%; Natura (BOV:NTCO3), do segmento de cosméticos, recuou 2,13%; e Telefônica Brasil (BOV:VIVT3), telecomunicações, perdeu 1,30%. Entre as mais negociadas, Vale (BOV:VALE3), maior mineradora do país, subiu 0,35%; Localiza (BOV:RENT3), líder em locação de veículos, avançou 2,12%; e BRF também brilhou no ranking.

O mercado de juros futuros na B3 teve um dia marcado por forte Bull Flattening, com quedas de até 14 pontos-base, puxadas pelos vértices mais longos da curva. O contrato futuro de DI janeiro 2027 (BMF:DI1FUT) liderou a queda, refletindo apostas em cortes de juros mais adiante. Já os contratos mais curtos, como o DI janeiro 2025, caíram de forma mais contida. A colocação de NTN-Bs e LFTs pelo Tesouro também pesou, e a notícia sobre a saúde do ex-presidente Bolsonaro acelerou a pressão nos vértices finais do pregão.

Data Variação Pontuação Volume Financeiro
01/09/2025 -0,10% 141.284,63  R$ 11,8 bilhões
 02/09/2025 -0,67%  140.335,16  R$ 21,1 bilhões
03/09/2025 0,34% 139.863,63  R$ 17,2 bilhões
04/09/2025  0,81% 140.993,25 R$ 18,0 bilhões
05/09/2025  1,17% 142.640,14  R$ 21,8 bilhões
08/09/2025 -0,59% 141.791,58  R$ 16,7 bilhões
09/09/2025 -0,12%  141.618,29  R$ 18,4 bilhões
10/09/2025  0,52% 142.348,70 R$ 18,4 bilhões
11/09/2025  0,56% 143.150,03 R$ 24,4 bilhões
12/09/2025 -0,61% 142.271,58  R$ 16,3 bilhões
15/09/2025  0,90% 143.546,58 R$ 16,9 bilhões
16/09/2025  0,36%  144.061,74  R$ 20,9 bilhões

Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.

  1. 💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥

    B3 (B3SA3)

    A BlackRock, em parceria com a B3, anunciou nesta segunda-feira (15/09) o lançamento de 29 novos BDRs de ETFs globais na bolsa de valores brasileira. Com a novidade, a gestora aumenta sua oferta para 181 produtos, permitindo aos investidores diversificação em diferentes geografias, setores e estratégias de investimento internacional. Saiba mais…

    BRB (BSLI3)

    O Banco de Brasília veio a público na noite de segunda-feira (15/09) após questionamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em razão de reportagem do jornal Folha de S.Paulo que apontava o interesse do banco em adquirir ativos menores do Banco Master, após o Banco Central do Brasil barrar a compra de participação na instituição. Saiba mais…

    Cogna (COGN3)

    A Cogna Educação surpreendeu o mercado ao anunciar, na noite desta terça-feira (16/09), sua intenção de realizar uma oferta pública de aquisição (Tender Offer) para recomprar até a totalidade das ações ordinárias classe A emitidas pela Vasta Platform Limited, atualmente listada na Nasdaq. A operação prevê preço de US$ 5,00 por ação e tem como objetivo encerrar a negociação dos papéis nos Estados Unidos. Saiba mais…

    Copasa (CSMG3)

    A Companhia de Saneamento de Minas Gerais – Copasa voltou ao centro das atenções nesta terça-feira (16/09) após a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais aprovar a PEC 24/23, que abre caminho para a privatização da companhia. O parecer favorável, com quatro votos a dois, foi dado em cima do substitutivo nº 1, que limita a proposta às empresas de saneamento básico. Saiba mais…

    Marcopolo (POMO3/POMO4)

    A fabricante de carrocerias Marcopolo anunciou nesta terça-feira (16/09) a retomada de suas operações comerciais na Europa, com foco no segmento rodoviário. O movimento será liderado pelo lançamento do modelo Paradiso G8 1200, desenvolvido no Brasil especialmente para atender às normas e preferências do transporte europeu. Saiba mais…

    Petrobras (PETR3/PETR4)

    A Petrobras, gigante do setor de petróleo e gás da bolsa de valores brasileira, anunciou nesta terça-feira (16/09) a assinatura de um contrato de até cinco anos com a Engeman, empresa especializada em serviços industriais, para operar e manter suas fábricas de fertilizantes nitrogenados na Bahia (Fafen-BA) e em Sergipe (Fafen-SE). A previsão é que as unidades voltem a produzir até o fim de 2025. Saiba mais…

    Prio (PRIO3)

    A Prio, maior petroleira independente da bolsa de valores brasileira, anunciou após o fechamento do mercado desta terça-feira (16/09) que recebeu do Ibama a licença de instalação para interligar os poços de seu campo de Wahoo ao FPSO Frade, na Bacia de Campos. O movimento é um passo estratégico para acelerar a produção do ativo, cujo primeiro óleo é estimado entre março e abril de 2026. Saiba mais…

    Santander Brasil (SANB11)

    O Santander Brasil convocou assembleia de acionistas em 16 de outubro para votar ampliação do Conselho de Administração.

    Suzano (SUZB3) 

    A Suzano, gigante do setor de celulose e papel listada na B3, comunicou ao mercado que irá resgatar antecipadamente a totalidade de dois títulos de dívida emitidos no exterior, com vencimentos em 2026 e 2027. O valor agregado da operação chega a aproximadamente US$ 586 milhões, reforçando a estratégia da companhia de reduzir passivos financeiros e melhorar sua estrutura de capital. Saiba mais…

    (Com informações da TCMover e Momento B3)