O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) registrou variação positiva de 0,21% em setembro, bem abaixo do avanço de 0,70% observado em agosto. No acumulado de 12 meses, o índice alcançou 7,07%, superando com folga os 5,23% registrados em setembro de 2024. O resultado mostra que, apesar da desaceleração no curto prazo, a pressão inflacionária sobre o setor de construção ainda é relevante.
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O grupo Materiais, Equipamentos e Serviços apresentou recuo de 0,03% em setembro, após alta de 0,59% no mês anterior. Dentro dessa categoria, a variação de Materiais e Equipamentos inverteu de 0,56% em agosto para -0,05% em setembro. Todos os quatro subgrupos tiveram desaceleração, com destaque para “materiais para instalação”, que reduziu a taxa de 2,47% para 0,30%. No grupo Serviços, a variação passou de 0,82% para 0,18%, impactada pelo item “projetos”, que foi de 0,64% para 0,00%.
A Mão de Obra também contribuiu para a desaceleração, com variação de 0,54% em setembro contra 0,85% em agosto, refletindo custos menos pressionados na remuneração do setor.
Entre as cidades analisadas, Brasília, Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Paulo mostraram desaceleração nos custos da construção. Apenas Salvador apresentou aceleração, destoando do cenário nacional.
No mercado financeiro, a desaceleração do INCC-M pode ser interpretada como um sinal positivo para os títulos públicos atrelados à inflação, ao reduzir a expectativa de repasses mais intensos de custos no setor. Além disso, o alívio nos preços de materiais e mão de obra tende a reduzir pressões sobre empresas de construção civil listadas na bolsa de valores, abrindo espaço para melhora de margens em novos projetos.
Embora o indicador traga sinais de respiro no curto prazo, o acumulado de 12 meses mostra que o setor ainda enfrenta desafios importantes. Esse dado ganha relevância no momento atual do mercado, em que investidores buscam sinais de estabilização inflacionária para ajustar suas posições em renda fixa, câmbio e ações.
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