A inflação anual da China registrou queda de 0,4% em agosto, revertendo a estabilidade observada no mês anterior, segundo o Departamento Nacional de Estatísticas do país em relatório divulgado na quarta-feira.

Na comparação mensal, os preços ao consumidor permaneceram estáveis em agosto, após alta de 0,4% em julho. Já o Índice de Preços ao Produtor (IPP) caiu 2,9% em relação ao mesmo período do ano passado, resultado que veio em linha com as expectativas e menor que a retração de 3,6% registrada em julho.

Esses dados reforçam os sinais de fraqueza da demanda interna chinesa e podem influenciar diretamente o desempenho da bolsa de valores de Xangai (SSE:000001), além de afetar empresas exportadoras de commodities, como as listadas na B3, que dependem fortemente da economia chinesa.

Para os investidores, a deflação na segunda maior economia do mundo aumenta a preocupação com a recuperação global, impactando não apenas os preços de ações, mas também o câmbio e os títulos de dívida soberana de países emergentes como o Brasil.

No contexto atual do mercado financeiro, essa leitura de inflação mais fraca tende a reforçar o movimento de aversão ao risco, trazendo volatilidade para o Ibovespa (BOV:IBOV) e para a Paridade Dólar Americano e Real Brasileiro (FX:USDBRL), ativos que já vinham reagindo às incertezas sobre a economia chinesa.

 

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