A inflação anual da zona do euro foi ajustada para baixo, passando de 2,1% para 2% em agosto, segundo a segunda estimativa divulgada pelo Eurostat nesta quarta-feira. Já o índice de preços ao consumidor (IPC) da União Europeia registrou alta de 2,4% na comparação anual. Na variação mensal, o IPC subiu 0,1% na zona do euro e 0,2% na UE.

Entre os países do bloco, a Romênia liderou com a maior inflação anual, de 8,5%, seguida pela Estônia, com 6,2%. No lado oposto, os menores avanços foram observados em Chipre, onde a taxa se manteve estável, e na França, com 0,8%.

De acordo com o Eurostat, os serviços representaram o maior impacto na inflação anual da zona do euro, seguidos por alimentos, álcool e tabaco. A inflação subjacente, que exclui energia, alimentos, álcool e tabaco, ficou em 2,3% no acumulado de 12 meses e 0,3% em relação a julho.

Esse resultado reforça o cenário de uma trajetória de desaceleração inflacionária no bloco, o que pode influenciar diretamente as expectativas para a política monetária do Banco Central Europeu (BCE). Taxas de juros mais baixas, caso venham a ser adotadas, podem favorecer o mercado de ações, ao mesmo tempo em que pressionam o euro nas paridades cambiais e os rendimentos dos títulos públicos da região.

No contexto atual, a revisão da inflação ganha ainda mais relevância, uma vez que o mercado financeiro europeu segue atento aos sinais de flexibilização monetária. O desempenho dos índices de ações e do câmbio reflete a sensibilidade dos investidores diante desses dados, que ajudam a calibrar expectativas sobre o ritmo da economia da zona do euro.

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