Os preços de produção no Reino Unido avançaram 2,9% no acumulado entre janeiro e agosto, segundo dados divulgados pelo Escritório Nacional de Estatísticas (ONS) nesta quarta-feira (24/09). O resultado mostra uma aceleração em relação à inflação de 2,4% registrada até julho, refletindo pressões persistentes na porta da fábrica. No mesmo intervalo, os preços dos insumos recuaram 0,1%, reforçando a diferença entre custos e preços finais.

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Na leitura mensal, os preços de produção cresceram 0,2% em agosto, enquanto os custos de insumos tiveram queda de 0,2%. O ONS destacou que o principal motor da inflação nas fábricas veio dos alimentos, com alta de 4,7% em doze meses, seguido pelo avanço de 5,6% nos preços de veículos automotores e outros equipamentos de transporte. Já o recuo de 19,7% no preço do petróleo bruto foi o fator que mais contribuiu para aliviar os custos das indústrias.

Esse cenário tende a impactar diretamente a bolsa de valores de Londres (LSE:UKX), já que o setor industrial é altamente sensível à combinação de custos de insumos e preços finais. A valorização de alimentos e veículos pode impulsionar empresas desses segmentos, enquanto a queda do petróleo pressiona companhias de energia, ampliando a volatilidade dos papéis listados no Reino Unido. Além disso, os dados podem influenciar as expectativas em torno da política monetária do Banco da Inglaterra, afetando também o câmbio da Libra Esterlina no mercado internacional (FX:GBPUSD).

No contexto atual, os investidores monitoram com atenção como a discrepância entre preços de insumos e preços de produção pode afetar a lucratividade das empresas britânicas. A notícia reforça a relevância desses indicadores na precificação de ativos e no sentimento do mercado, especialmente em um momento de ajustes nas projeções de crescimento da economia europeia.

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