O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, avançou 0,15% na primeira quadrissemana de setembro. O resultado mostra uma aceleração em relação ao leve aumento de 0,04% observado em agosto, segundo os dados divulgados nesta terça-feira (09/09) pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

O movimento foi puxado principalmente pelo aumento nos grupos Habitação, que subiu de 0,18% em agosto para 0,75%, Despesas Pessoais (de 0,68% para 0,77%) e Saúde (de 1,06% para 1,27%). Educação também apresentou ligeira variação positiva, de 0,01% para 0,02%. Já Transportes, embora em queda, desaceleraram o ritmo negativo, passando de -0,97% para -0,82%.

Na direção contrária, dois componentes mostraram recuo mais forte no início de setembro. Alimentação caiu de -0,11% para -0,56%, enquanto Vestuário passou de -0,06% para -0,10%.

Com esse comportamento misto entre os grupos, o índice geral ficou em 0,15% na primeira quadrissemana de setembro.

Esse resultado sugere que, apesar do alívio em alimentação e vestuário, o avanço em habitação e saúde ainda exerce pressão sobre o custo de vida na maior cidade do país. Para os investidores, o dado pode influenciar as expectativas sobre inflação ao consumidor no curto prazo, refletindo nas decisões de política monetária e no desempenho de ativos de renda fixa e câmbio.

No cenário atual do mercado financeiro, a divulgação do IPC-Fipe serve como importante termômetro regional da inflação. Mesmo sem impacto direto nos preços das ações, os números ajudam a formar expectativas sobre juros, o que afeta diretamente a bolsa de valores, o mercado de câmbio e os títulos públicos.

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