O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) registrou queda de 0,20% na primeira quadrissemana de setembro de 2025, segundo dados divulgados nesta segunda-feira. Apesar do recuo, o índice acumula alta de 2,90% nos últimos 12 meses, refletindo a trajetória ainda controlada da inflação no período.
Cinco das oito classes de despesa que compõem o indicador mostraram aceleração em suas taxas de variação. O maior destaque veio do grupo Habitação, cuja taxa passou de -0,80% na quarta quadrissemana de agosto de 2025 para -0,27% na primeira quadrissemana de setembro de 2025, sendo o principal fator de impacto no resultado geral.
Outros grupos também registraram acréscimos: Educação, Leitura e Recreação (-1,79% para -0,90%), Alimentação (-0,50% para -0,28%), Transportes (-0,24% para -0,19%) e Vestuário (0,23% para 0,29%).
Na direção contrária, houve desaceleração em Despesas Diversas (0,23% para -0,07%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,24% para 0,18%). Já o grupo Comunicação repetiu a taxa de variação de 0,04% registrada anteriormente.
Do ponto de vista dos mercados, a leitura do IPC-S reforça a percepção de inflação sob controle, o que pode aliviar as pressões sobre os juros futuros (BMF:DI1FUT) e dar maior previsibilidade às decisões de política monetária. Essa dinâmica tende a beneficiar a bolsa de valores brasileira (BMF:INDFUT | BMF:WINFUT), além de influenciar o comportamento do câmbio (FX:USDBRL), que segue atento ao cenário econômico doméstico e internacional.
No contexto atual, o dado do IPC-S ganha relevância porque se soma a outras divulgações recentes de inflação, ajudando a compor o quadro que baliza a estratégia do Banco Central. Mesmo sem impacto imediato sobre ativos específicos, a manutenção da inflação em níveis moderados reforça a confiança dos investidores na trajetória econômica brasileira.