O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) registrou uma alta de 0,06% na segunda quadrissemana de setembro de 2025, revertendo a queda de 0,20% observada no período anterior. Com esse resultado, o indicador acumula uma variação positiva de 3,17% nos últimos 12 meses, segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira (16/09).

Entre as oito classes de despesa que compõem o índice, cinco apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. O destaque ficou para o grupo Habitação, que passou de -0,27% para 0,54%, sendo o principal responsável pelo avanço do IPC-S. Também registraram aceleração os grupos Educação, Leitura e Recreação (-0,90% para -0,12%), Transportes (-0,19% para -0,03%), Alimentação (-0,28% para -0,26%) e Comunicação (0,04% para 0,05%).

Por outro lado, alguns setores mostraram perda de força. O grupo Saúde e Cuidados Pessoais desacelerou de 0,18% para 0,07%, enquanto Vestuário recuou de 0,29% para 0,15%. Já Despesas Diversas intensificou sua deflação, passando de -0,07% para -0,14%.

No mercado financeiro, a leitura desse resultado reforça o monitoramento atento do comportamento da inflação por parte dos investidores. Uma leve alta do IPC-S pode gerar revisões nas expectativas sobre a condução da política monetária, afetando não apenas o mercado de ações, mas também os contratos futuros de juros (BMF:DI1FUT) e a paridade entre o Dólar norte-americano e o Real (FX:USDBRL).

Ainda que os preços tenham mostrado aceleração pontual nesta segunda quadrissemana, o movimento segue dentro de uma trajetória de inflação moderada em 12 meses, o que mantém a discussão sobre cortes adicionais na taxa básica de juros como um tema central para os próximos passos do mercado financeiro.

 

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