O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que acompanha a variação dos preços na indústria extrativa e de transformação, apresentou retração de 0,30% em julho, segundo informou nesta sexta-feira (05/09) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado de junho foi revisado de uma queda de 1,25% para recuo de 1,27%.

O indicador mede a evolução dos preços “na porta da fábrica”, ou seja, sem incluir impostos e fretes, cobrindo a indústria extrativa e 23 segmentos da indústria de transformação.

No acumulado de 2024, o IPP registra queda de 3,42%. Já em 12 meses, o índice mostra avanço de 1,36%, evidenciando a volatilidade entre os setores.

Na abertura dos dados, a indústria extrativa registrou alta de 2,42% em julho, após a leve elevação de 0,18% em junho. Já a indústria de transformação apresentou retração de 0,42%, depois de uma queda mais intensa de 1,33% no mês anterior.

Para o mercado financeiro, esse resultado sinaliza uma combinação de pressões distintas: enquanto a indústria extrativa apresenta recuperação de preços, o setor de transformação segue enfrentando recuos, o que pode impactar as expectativas de inflação ao produtor e, indiretamente, influenciar decisões de política monetária.

No cenário atual da bolsa de valores brasileira, a leitura do IPP reforça o ambiente de cautela entre investidores, já que a oscilação de preços ao produtor pode afetar margens de empresas listadas no índice Ibovespa (BMF:INDFUT | BMF:WINFUT) e, em sequência, gerar reflexos sobre contratos futuros de dólar (BMF:DOLFUT | BMF:WDOFUT) e títulos públicos atrelados à inflação.

 

 

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