O Ministério das Finanças do Japão divulgou nesta quarta-feira (17/09) que o déficit total do comércio de mercadorias atingiu ¥ 242,5 bilhões em agosto, ampliando o saldo negativo em relação ao déficit de ¥ 118,4 bilhões registrado em julho.

Embora o resultado tenha sido menos preocupante do que o esperado pelos investidores, o crescimento do déficit ainda chama atenção para os desafios enfrentados pela economia japonesa em meio à desaceleração da demanda global.

De acordo com os dados, as exportações japonesas recuaram 0,1% em comparação ao mesmo período do ano anterior, mas o desempenho superou as previsões do mercado. Já as importações tiveram queda mais expressiva, de 5,2%, ficando abaixo das estimativas dos analistas.

Esse movimento do comércio internacional pode trazer reflexos relevantes para os ativos japoneses negociados na bolsa de valores de Tóquio, especialmente para empresas exportadoras, que tendem a ser mais sensíveis às oscilações da demanda externa e à variação cambial do iene frente ao dólar norte-americano (FX:USDJPY). Uma melhora nas exportações pode ajudar a sustentar os preços das ações dessas companhias, enquanto a fraqueza nas importações pode indicar menor dinamismo da economia doméstica.

No contexto atual do mercado financeiro, o resultado reforça a necessidade de atenção dos investidores em relação ao desempenho da economia japonesa, já que mudanças na balança comercial podem impactar diretamente o iene, os títulos do governo japonês e os índices acionários como o Nikkei 225.

 

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