Agência cita risco elevado de dificuldades financeiras, contínua queima de caixa e alavancagem acima de 15 vezes; ações BRKM5 caem a R$6,60 nesta terça-feira (30/09).

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A Braskem (BOV:BRKM5), gigante petroquímica listada na B3, sofreu mais um duro revés nesta terça-feira (30/09). A agência Moody’s rebaixou a nota de crédito da companhia de B2 para Caa3, mantendo a perspectiva negativa. O movimento ocorre um dia após cortes semelhantes feitos pela Fitch e pela S&P, intensificando as preocupações do mercado sobre a saúde financeira da empresa.

O rebaixamento reflete a fragilidade operacional, a queima contínua de caixa e a contratação de consultores financeiros e jurídicos para discutir alternativas econômicas — algo que, segundo a Moody’s, aumenta o risco de transações de distressed, típicas de empresas em dificuldades.

Nos 12 meses encerrados em junho de 2025, a alavancagem ajustada da Braskem (incluindo operações no México) atingiu 15,3 vezes, enquanto o fluxo de caixa livre foi negativo em R$ 8,8 bilhões. Sem medidas que melhorem o EBITDA, a agência projeta que a alavancagem seguirá entre 11x e 13,5x nos próximos 18 meses.

Às 12h37, as ações da Braskem (BRKM5) recuavam 0,90%, cotadas a R$6,60, após abrirem o pregão a R$6,66. Na mínima do dia, chegaram a R$6,58, enquanto a máxima ficou em R$6,82. No acumulado do ano, os papéis já perderam quase 45%, refletindo a deterioração das expectativas para a companhia.

A Braskem é a maior produtora de resinas termoplásticas da América Latina, com presença relevante nos mercados de polietileno, polipropileno e PVC. Atua no Brasil, México, Estados Unidos e Europa, competindo diretamente com grandes players globais do setor petroquímico.

O rebaixamento reforça o cenário desafiador para a companhia e amplia a incerteza para os investidores. Para quem acompanha o setor petroquímico e busca oportunidades na bolsa de valores, a Braskem seguirá no centro das atenções.