Investimento inclui duas novas estações, seis trens e reforço de energia; Estado de São Paulo aportará R$ 2,98 bilhões com apoio do Banco Mundial, enquanto MOTV3 negocia equilíbrio financeiro de R$ 531,7 milhões.

A Motiva Infraestrutura de Mobilidade S.A. (BOV:MOTV3) anunciou, na última sexta-feira (26/09), a assinatura de um aditivo ao contrato de concessão de sua controlada ViaQuatro com o Estado de São Paulo. O acordo prevê investimentos de R$ 3,898 bilhões para a extensão da Linha 4-Amarela do metrô até Taboão da Serra, um dos projetos mais aguardados da região metropolitana.

O projeto contempla 3,3 km adicionais de trilhos, a construção de duas novas estações (Chácara do Jockey e Taboão da Serra), a aquisição de seis novos trens e a instalação de uma subestação de energia. Segundo a companhia, a modernização do sistema de sinalização será objeto de um aditivo futuro.

O governo do Estado se comprometeu com aporte de R$ 2,982 bilhões, recurso que será complementado por financiamento em negociação junto ao Banco Mundial. A Motiva também obteve reconhecimento oficial de desequilíbrio econômico-financeiro da concessão, devido a perdas de receita tarifária relacionadas ao atraso na Fase II do contrato, no valor de R$ 531,7 milhões.

No pregão desta segunda-feira (29/09), às 10h44, as ações da Motiva (MOTV3) eram negociadas a R$ 15,02, em alta de 1,90%. O papel abriu o dia a R$ 14,96, chegou à máxima de R$ 15,08 e à mínima de R$ 14,90, com volume de 477 mil ações negociadas. O ativo acumula valorização próxima da máxima de 52 semanas, registrada em R$ 15,24.

A Motiva é uma companhia do setor de infraestrutura de mobilidade, com foco em concessões de transporte urbano, especialmente linhas metroviárias na região metropolitana de São Paulo. Sua controlada, ViaQuatro, é responsável pela operação da Linha 4-Amarela, considerada um dos principais eixos de transporte da capital.

Com o aditivo, a Motiva fortalece seu papel como operadora estratégica de mobilidade urbana e atrai a atenção de investidores que buscam exposição a projetos de infraestrutura na bolsa de valores.