No pregão asiático de quarta-feira, 3 de setembro de 2025, os preços do ouro subiram brevemente acima de US$ 3.500 a onça, atingindo níveis recordes, com os investidores buscando refúgio em meio às preocupações constantes com a saúde fiscal global e à incerteza em torno das tarifas comerciais dos EUA.
No entanto, a recuperação do dólar, impulsionada pelas quedas no mercado global de títulos, limitou novos ganhos do metal amarelo.
O ouro à vista foi negociado a US$ 3.534,61 a onça, enquanto os futuros para dezembro subiram 0,3%, para US$ 3.601,15/onça. No início da sessão, o ouro à vista atingiu um pico intradiário de US$ 3.547,09/onça. Os metais preciosos, em geral, permaneceram em alta ao longo da semana.
O recente aumento foi inicialmente desencadeado por uma decisão do tribunal de apelações dos EUA que invalidou a maioria das tarifas comerciais do ex-presidente Donald Trump, limitando-as a meados de outubro. Trump prometeu recorrer à Suprema Corte, e novas decisões podem forçar Washington a renegociar acordos comerciais, aumentando a volatilidade dos mercados globais.
A alta dos rendimentos dos títulos em economias desenvolvidas na terça-feira reforçou o sentimento de aversão ao risco, apoiando o ouro, enquanto a valorização do dólar americano conteve os ganhos. A atenção do mercado agora se volta para o relatório de folha de pagamento não agrícola dos EUA de agosto, que pode influenciar a política do Federal Reserve (Fed). Os contratos futuros indicam atualmente uma probabilidade de mais de 90% de um corte de 25 pontos-base nos juros ainda este mês, um fator que contribuiu para a recente força dos metais.
Outros metais apresentam desempenho misto
A platina à vista caiu 0,6%, para US$ 1.402,46/oz, permanecendo perto da máxima de um mês, enquanto a prata caiu 0,3%, para US$ 40,75/oz, após atingir o pico de 14 anos no início desta semana.
Cobre impulsiona otimismo em relação à demanda chinesa
Entre os metais industriais, os contratos futuros de cobre em Londres caíram 0,2%, para US$ 9.978 por tonelada, após ultrapassar brevemente US$ 10.000 por tonelada — a primeira vez desde março. O cobre na COMEX caiu 0,3%, para US$ 4,6285 por libra, em relação à máxima de um mês.
Os ganhos recentes do cobre foram sustentados pela expectativa de uma demanda mais forte da China, o maior consumidor mundial de cobre. Reportagens da mídia sugerem que Pequim está planejando medidas de estímulo adicionais. Os dados do Índice de Gerentes de Compras (PMI) de agosto indicaram resiliência moderada na economia chinesa, embora mais suporte possa ser necessário para sustentar o crescimento.
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