Decisão do conselho permite subscrição privada de ações a R$ 1,37 cada; medida busca fortalecer a estrutura de capital e pode mexer com as cotações da companhia na bolsa de valores.
A Paranapanema S.A. (BOV:PMAM3) anunciou nesta quinta-feira (18/09) que o conselho de administração aprovou um aumento de capital social de até R$ 1 bilhão, por meio de subscrição privada de ações, ao preço de emissão de R$ 1,37 por ação.
O movimento representa mais um passo da empresa para reforçar sua base financeira e reequilibrar sua estrutura de capital, especialmente após anos de volatilidade no setor de metais não ferrosos e desafios de liquidez.
Além da subscrição privada, a companhia informou que credores titulares de créditos não sujeitos à recuperação judicial poderão capitalizar seus créditos, em linha com os termos e condições estabelecidos pelo conselho. Essa possibilidade adiciona um componente estratégico ao processo, ampliando a capacidade da empresa de reduzir endividamento.
O aumento de capital ainda será submetido à homologação do conselho de administração após o encerramento do prazo de exercício do direito de preferência pelos acionistas. A homologação poderá ser parcial, caso o limite máximo não seja atingido.
No pregão desta quarta-feira (17/09), as ações PMAM3 encerraram cotadas a R$ 1,70, estáveis em relação à véspera. Apesar da ausência de variação, o mercado deve reagir ao anúncio na próxima sessão, com investidores avaliando o potencial efeito da operação na diluição acionária, no balanço financeiro e na capacidade de investimento da companhia.
A Paranapanema é uma das principais produtoras de cobre refinado e seus derivados no Brasil, atuando na fundição e refino, além da fabricação de vergalhões, trefilados, laminados e ligas de cobre. Seus concorrentes incluem players globais do setor de metais, mas a companhia tem forte presença no mercado nacional, fornecendo para indústrias de construção civil, elétrica e automotiva.
Para os investidores que acompanham a Paranapanema (PMAM3), o aumento de capital representa uma oportunidade de reforço estrutural, mas também levanta discussões sobre diluição e valorização de longo prazo.