Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos aumentaram em 27.000 na primeira semana de setembro, totalizando 263.000 solicitações. Esse resultado representa o maior patamar desde outubro de 2021 e superou com folga o consenso de mercado, que projetava 235.000 novos pedidos. O dado reforça uma sequência de pesquisas recentes que apontam para um enfraquecimento do mercado de trabalho norte-americano.
A média móvel de quatro semanas, que ajuda a suavizar a volatilidade dos números semanais, avançou em 9.750, chegando a 240.500 pedidos — o maior nível desde junho e o salto mais expressivo desde dezembro de 2020. O movimento adiciona peso às preocupações de que a resiliência do emprego, uma das bases da economia norte-americana nos últimos anos, esteja perdendo fôlego.
Enquanto isso, os pedidos contínuos de auxílio-desemprego, referentes à última semana de agosto, ficaram em 1.932.000. Apesar de terem ficado abaixo das expectativas de 1.950.000, seguem acima da média observada desde 2021, indicando que mais pessoas estão encontrando dificuldades para retornar rapidamente ao mercado de trabalho.
No mercado financeiro, o aumento dos pedidos de auxílio-desemprego tende a ampliar a percepção de desaceleração da economia norte-americana. Esse cenário pode influenciar negativamente o desempenho das bolsas de valores, pressionar o dólar norte-americano (FX:USDBRL) e reforçar a demanda por títulos do Tesouro norte-americano, já que investidores buscam ativos de menor risco em meio à incerteza.
No contexto atual, o dado ganha ainda mais relevância por ocorrer em um momento de alta sensibilidade dos mercados a sinais sobre a política monetária do Federal Reserve. A deterioração do mercado de trabalho pode abrir espaço para expectativas de cortes de juros, o que tende a aumentar a volatilidade nas bolsas de valores e no câmbio nas próximas semanas.
Fonte: Departamento do Trabalho dos EUA.
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