Estatal atrai forte demanda, com 3,4 vezes mais ordens que a oferta, em operação que reforça liquidez e reduz custo de captação; ações PETR4 fecharam a R$31,51 na bolsa de valores.
A Petrobras (BOV:PETR4) concluiu com sucesso a emissão de títulos no mercado de capitais internacional, levantando US$ 2 bilhões (equivalentes a R$ 10,814 bilhões) por meio de sua subsidiária Petrobras Global Finance B.V. (PGF). A operação foi dividida em duas séries: US$ 1 bilhão com vencimento em 2030 e US$ 1 bilhão com vencimento em 2036.
O destaque da emissão foi o custo da captação. Segundo a estatal, os spreads em relação aos títulos do Tesouro norte-americano atingiram os menores níveis em mais de uma década: desde 2002 para o título de 2030 e desde 2006 para o de 2036. Isso mostra a confiança do mercado internacional na solidez financeira da companhia, em um momento de elevada volatilidade global no setor de energia.
A demanda surpreendeu: os papéis tiveram procura 3,4 vezes superior à oferta, com quase 190 ordens de investidores da América do Norte, Europa, Ásia e América Latina. Essa receptividade reforça o apetite global pelos títulos da Petrobras, mesmo em um cenário de oscilação nos preços do petróleo e discussões sobre transição energética.
No mercado acionário, a reação foi de expectativa. As ações preferenciais PETR4 encerraram a quarta-feira (10/09) cotadas a R$31,51, estáveis em relação ao pregão anterior. No acumulado de 52 semanas, os papéis oscilaram entre R$28,86 e R$40,76, refletindo tanto as variações no preço do barril de petróleo quanto os movimentos estratégicos da companhia.
A Petrobras é a maior empresa de energia do Brasil e uma das líderes globais no setor de petróleo e gás, com forte atuação em exploração offshore no pré-sal. Suas principais concorrentes incluem ExxonMobil (NYSE:XOM), Shell (LSE:SHEL) e Chevron (NYSE:CVX), enquanto no Brasil disputa espaço com companhias como PetroRio (BOV:PRIO3) e 3R Petroleum (BOV:RRRP3).
Para os investidores, a emissão bem-sucedida reforça a capacidade de investimento da estatal e pode contribuir para um custo de dívida mais baixo nos próximos anos. Quem acompanha o setor deve observar como essa operação impactará a estratégia da companhia em dividendos e expansão.