O mercado de petróleo terminou a semana sem variações relevantes nas cotações internacionais, enquanto as ações brasileiras do setor, lideradas pela Petrobras, mostraram desempenho positivo na bolsa de valores.

O mercado internacional de petróleo registrou uma semana de relativa estabilidade. O Petróleo Brent (CCOM:OILBRENT) encerrou o período sem variação acumulada, refletindo oscilações diárias que, no fim, se anularam. Já o Petróleo WTI (CCOM:OILCRUDE) também fechou a semana sem alterações significativas, sustentado por dados mistos sobre estoques norte-americanos, movimentação cambial e incertezas sobre a política de produção da OPEP+.

Na segunda-feira (08/09), os preços do Brent e do WTI começaram a semana sustentados por expectativas de corte de oferta, mas sem força para grandes avanços. Na terça-feira (09/09), os investidores reagiram a projeções de maior produção em países fora da OPEP, o que pressionou as cotações. Na quarta-feira (10/09), a divulgação de estoques semanais dos Estados Unidos mostrou queda abaixo do esperado, o que trouxe apenas leve recuperação intradiária. Já na quinta-feira (11/09), os preços voltaram a se acomodar diante do fortalecimento do dólar, e na sexta-feira (12/09) encerraram sem direção definida, consolidando uma semana de neutralidade no mercado internacional de petróleo.

No mercado brasileiro, os destaques ficaram com as ações da Petrobras ON (BOV:PETR3), que avançaram 0,39% na semana, e da Petrobras PN (BOV:PETR4), que subiram 0,32%. A companhia manteve forte volume de negociação na bolsa de valores, sustentada pelo cenário de petróleo estável e perspectivas de manutenção dos dividendos. Outras empresas do setor tiveram desempenhos variados: Brava Energia ON (BOV:BRAV3) recuou 3,97% após ajustes de posição, enquanto Petroreconcavo ON (BOV:RECV3) caiu 0,23% e Pet Manguinh ON (BOV:RPMG3) recuou 1,03%. Já a Petrorio ON (BOV:PRIO3) destoou positivamente, avançando 2,17% na semana com foco em projetos de expansão em campos maduros de exploração.

As ADRs da Petrobras negociadas no mercado norte-americano tiveram desempenho superior ao das ações no Brasil. Na NYSE, Petrobras (NYSE:PBR) avançou 2,18%, enquanto Petrobras (NYSE:PBR.A) subiu 2,19%, refletindo maior apetite internacional por ativos ligados ao petróleo brasileiro, com investidores estrangeiros aproveitando o câmbio favorável.

Entre as gigantes internacionais, os resultados foram mistos. Na Europa, Shell (EU:SHEL) teve queda de 1,15% e BP (EU:BP) recuou 0,62%, enquanto TotalEnergies (EU:TTE) registrou leve baixa de 0,16%. A italiana ENI (TG:E) avançou 1,07% e a norueguesa Equinor ASA (TG:EQNR) subiu 1,46%, beneficiadas por contratos de fornecimento estáveis no mercado europeu. Entre as norte-americanas, o desempenho foi mais equilibrado: ConocoPhillips (NYSE:COP) caiu 1,47%, mas Chevron (NYSE:CVX) avançou 0,54% e Exxon Mobil (NYSE:XOM) ganhou 0,83%, acompanhando a valorização do setor energético nos Estados Unidos.

Assim, a semana terminou com o petróleo internacional estável, mas com sinais de resiliência no setor de energia brasileiro e ganhos consistentes das ADRs da Petrobras no mercado norte-americano. O balanço final mostra que, mesmo em um cenário de preços travados, empresas da bolsa de valores continuam encontrando espaço para valorização e atraindo interesse de investidores locais e estrangeiros.