A atividade do setor privado da Alemanha mostrou expansão em setembro, trazendo um alívio para investidores e analistas que acompanham de perto a maior economia da Europa. O Índice de Produção do PMI Composto avançou para 52,4 pontos, superando as expectativas do mercado e alcançando o maior patamar dos últimos 16 meses, de acordo com relatório preliminar divulgado pelo S&P Global e pelo Hamburg Commercial Bank (HCOB) nesta terça-feira.

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O resultado veio após os 50,5 pontos registrados em agosto e reforça a trajetória de crescimento, especialmente no setor de serviços. O Índice de Atividade Empresarial do PMI de Serviços atingiu 52,5 pontos, um salto em relação aos 49,3 pontos do mês anterior e o nível mais alto em oito meses.

Já a indústria alemã mostrou sinais de enfraquecimento. O Índice PMI de Manufatura recuou de 52,9 para 52,2 pontos, marcando a menor leitura em dois meses. Apesar de ainda indicar crescimento da produção, a queda chama atenção para a fragilidade do setor manufatureiro.

“Parece que há problemas se formando na indústria. É claro que as empresas vêm aumentando a produção há sete meses consecutivos, mas os novos pedidos despencaram em setembro. Se a demanda, tanto interna quanto externa, continuar caindo, não demorará muito para que as empresas também freiem a produção”, disse Cyrus de la Rubia, economista-chefe do Banco Comercial de Hamburgo.

O desempenho positivo do setor de serviços tende a apoiar o mercado de ações europeu no curto prazo, mas a fraqueza da indústria pode pressionar papéis ligados à manufatura e exportações, além de influenciar a trajetória do euro (FX:EURUSD) frente ao dólar norte-americano (FX:USDBRL).

No contexto atual, esses dados reforçam a importância da Alemanha como termômetro da economia europeia. A notícia chega em um momento de volatilidade nos mercados globais, em que investidores buscam sinais de sustentação para o crescimento do bloco europeu.

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