A caderneta de poupança voltou a registrar saída líquida em agosto, com retiradas superando os depósitos em R$ 7,557 bilhões, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta sexta-feira (05/09). Durante o mês, os depósitos somaram R$ 346,815 bilhões, enquanto as retiradas alcançaram R$ 354,372 bilhões.

Mesmo com essa pressão negativa, a poupança rendeu R$ 6,500 bilhões no período, fazendo o saldo total atingir R$ 1,019 trilhão. No acumulado de 2025, entre janeiro e agosto, o resultado é ainda mais expressivo: saques líquidos de R$ 63,458 bilhões, resultado de R$ 2,853 trilhões em retiradas contra R$ 2,789 trilhões em depósitos. Nesse mesmo intervalo, o rendimento da poupança chegou a R$ 50,196 bilhões.

O movimento reforça a tendência de esvaziamento da poupança em cenários de juros mais elevados e alternativas de investimento mais atrativas, como títulos públicos e fundos de renda fixa. Essa dinâmica tende a pressionar ainda mais os fluxos de investidores em busca de rentabilidades superiores, ampliando a migração de recursos para ativos de maior retorno.

Para o mercado de ações, de câmbio e de títulos públicos, os números reforçam a percepção de que a poupança perde competitividade frente às alternativas do mercado financeiro. Esse cenário pode contribuir para aumento da liquidez em instrumentos como Tesouro Direto e fundos multimercado, além de estimular a busca por diversificação em renda variável.

Embora a caderneta de poupança mantenha relevância como ativo de liquidez imediata, os dados de agosto destacam a perda de atratividade do instrumento em relação ao desempenho atual de ativos mais rentáveis, reforçando seu papel secundário dentro da estratégia de investidores em 2025.

 

 

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