O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmou na terça-feira (23/09) que não existe um “caminho livre de riscos” para a condução da política monetária norte-americana, destacando que o cenário atual exige equilíbrio entre os riscos de inflação e os efeitos sobre o mercado de trabalho.
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“Se afrouxarmos a política monetária de forma muito agressiva, poderemos deixar o trabalho de redução da inflação inacabado e precisaremos reverter o curso posteriormente para restaurar totalmente a inflação de 2%. Se mantivermos a política restritiva por muito tempo, o mercado de trabalho poderá enfraquecer desnecessariamente. Quando nossos objetivos estão em tensão como esta, nossa estrutura exige que equilibremos ambos os lados do nosso duplo mandato”, disse Powell durante o Almoço de Perspectivas Econômicas para 2025 da Câmara de Comércio da Grande Providence.
O dirigente ressaltou que o banco central dos Estados Unidos se encontra em uma posição sólida após o recente corte de 25 pontos-base na taxa de juros, realizado no início de setembro. Powell destacou ainda que as expectativas de longo prazo permanecem, em sua maioria, alinhadas à meta de inflação de 2% definida pelo Fed.
As declarações de Powell reforçam a percepção de cautela entre investidores. Uma política monetária mais dura tende a pressionar os índices acionários norte-americanos, como o Dow Jones (DOWI:DJI), Nasdaq Composite (NASDAQI:COMPX) e S&P 500 (SPI:SP500), além de fortalecer o dólar (FX:USDBRL). Por outro lado, um afrouxamento excessivo poderia reacender temores inflacionários, mexendo também com os rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano.
No cenário atual, as falas do presidente do Fed ganham ainda mais relevância, já que o mercado busca clareza sobre o ritmo da política monetária para os próximos meses. O impacto imediato das declarações tende a se refletir na volatilidade das bolsas de valores, nos contratos futuros de juros (BMF:DI1FUT) e na oscilação da paridade do dólar frente ao real brasileiro (FX:USDBRL).
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