A petroleira Prio recebeu licença de instalação do Ibama para o campo de Wahoo, na Bacia de Campos, com expectativa de primeiro óleo entre março e abril de 2026 e potencial de elevar a produção em 44%.
A Prio (BOV:PRIO3), maior petroleira independente da bolsa de valores brasileira, anunciou após o fechamento do mercado desta terça-feira (16/09) que recebeu do Ibama a licença de instalação para interligar os poços de seu campo de Wahoo ao FPSO Frade, na Bacia de Campos. O movimento é um passo estratégico para acelerar a produção do ativo, cujo primeiro óleo é estimado entre março e abril de 2026.
Segundo o fato relevante, o projeto envolve a conexão submarina (“tieback”) de até 11 poços — quatro produtores, dois injetores e cinco contingentes — ao navio-plataforma já em operação. O investimento total está estimado em US$ 870 milhões, com obras de construção submarina iniciadas imediatamente e a chegada da embarcação responsável pelo lançamento da linha rígida prevista para outubro.
O campo de Wahoo, localizado em lâmina d’água de 900 a 1.600 metros no contexto do pré-sal, é visto como peça-chave na estratégia de expansão da companhia. A expectativa é que ele adicione 40 mil barris por dia à produção da Prio, representando um aumento de 44% sobre os atuais níveis e ajudando a companhia a ultrapassar a marca de 200 mil barris/dia em 2026, quando também entrará em operação o campo de Peregrino.
No segundo trimestre, a Prio produziu cerca de 100 mil barris/dia. A nova etapa reforça o posicionamento da empresa como protagonista entre as petroleiras independentes no Brasil, em linha com relatórios recentes do Itaú BBA, que já apontavam a iminência da licença.
No pregão desta segunda-feira (15/09), as ações da Prio (BOV:PRIO3) encerraram em leve alta de 0,60%, cotadas a R$38,38. Ao longo do dia, os papéis oscilaram entre a mínima de R$37,91 e a máxima de R$38,54, após abrirem a R$38,01. A reação positiva reflete a confiança dos investidores no potencial de geração de caixa e crescimento da companhia com Wahoo e outros ativos em desenvolvimento.
A Prio (antiga PetroRio) atua na exploração e produção de petróleo e gás natural, com foco em campos maduros na costa brasileira. Concorrendo com companhias como Enauta (BOV:ENAT3) e 3R Petroleum (BOV:RRRP3), a petroleira vem se destacando por sua estratégia agressiva de aquisições e pelo aumento consistente de produção nos últimos anos.
Com a licença ambiental em mãos e um cronograma já em execução, o mercado acompanha de perto os próximos passos da Prio. Para investidores interessados em petróleo na B3, o ativo segue como destaque no radar.