A produção industrial do Brasil apresentou retração em julho, com recuo de 0,2% em relação a junho, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (12/09).

O levantamento mostrou perdas em sete dos 15 locais pesquisados, com destaque para Paraná (-2,7%), Bahia (-2,6%) e Minas Gerais (-2,4%). Pará (-2,1%), Mato Grosso (-1,6%), Região Nordeste (-1,1%) e Ceará (-0,3%) também registraram quedas. O Amazonas apresentou estabilidade no mês, com variação de 0,0%.

Por outro lado, algumas regiões tiveram desempenho positivo. O Espírito Santo liderou os avanços com crescimento de 3,1%, seguido por Rio Grande do Sul (1,4%), Santa Catarina (1,1%), Rio de Janeiro (1,0%), Pernambuco (0,9%), São Paulo (0,9%) e Goiás (0,5%).

Esse resultado reforça a heterogeneidade da atividade industrial brasileira. Enquanto algumas economias regionais seguem pressionadas por custos, sazonalidade e menor demanda, outras mostram sinais de recuperação puxados por setores específicos.

No mercado financeiro, a leitura desses dados tende a influenciar as projeções para a atividade econômica do terceiro trimestre. Uma retração industrial mais ampla pode pesar sobre as expectativas de crescimento do PIB, com reflexos sobre a bolsa de valores, os contratos futuros de juros (BMF:DI1FUT) e a paridade Dólar Americano e Real Brasileiro (FX:USDBRL), já que investidores ajustam suas posições conforme o ritmo da economia.

Mesmo sem relação direta com ativos específicos, o desempenho da indústria em julho é relevante no atual contexto, pois serve como termômetro da resiliência da economia brasileira em meio a desafios internos e externos.