A produção industrial ajustada sazonalmente na Zona do Euro registrou alta de 0,3% em julho em relação a junho, segundo o relatório do Eurostat divulgado na terça-feira. No conjunto da União Europeia, a expansão foi um pouco mais tímida, de 0,2% no mesmo período. Na comparação anual, o setor mostrou crescimento de 1,8% tanto na Zona do Euro quanto no bloco europeu.
Na Zona do Euro, a produção de bens intermediários, bens de capital, bens de consumo duráveis e bens de consumo não duráveis apresentou elevação de 0,5%, 1,3%, 1,1% e 1,5%, respectivamente. Em contrapartida, a produção de energia recuou 2,9%. Já no conjunto da União Europeia, os números vieram em direção oposta: quedas de 0,3% para bens intermediários, 0,9% para bens de capital, 0,6% para bens de consumo duráveis e 1,3% para bens de consumo não duráveis, enquanto a produção de energia caiu 2,1%.
Entre os países que se destacaram, a Croácia liderou os ganhos com crescimento mensal de 2,6%, seguida por Hungria e Eslovênia, ambas com alta de 2,1%.
Esse desempenho reforça a percepção de que a indústria europeia ainda enfrenta desafios estruturais, com setores como o de energia pressionando negativamente os números. Para os mercados, os dados podem gerar volatilidade na bolsa de valores, em especial nos índices CAC 40 (EU:PX1), DAX (DBI:DAX) e FTSE MIB (BITI:FTSEMIB), além de afetar expectativas sobre o câmbio do euro frente ao dólar norte-americano (FX:EURUSD) e os rendimentos dos títulos públicos da região.
No contexto atual do mercado financeiro, a divulgação desse indicador ganha relevância por mostrar uma recuperação gradual, mas desigual, da atividade industrial europeia, em um momento em que investidores acompanham de perto a política monetária do Banco Central Europeu e os desdobramentos sobre inflação e crescimento econômico.
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