Plano financeiro para SAF do Fluminense inclui aporte inicial, assunção de dívidas e foco em base, contratações e sustentabilidade de longo prazo.
O Fluminense apresentou nesta segunda-feira o modelo de investimento proposto para a futura SAF, com números que impressionam. O fundo liderado pela Lazuli Partners e LZ Sports projeta R$ 6,9 bilhões em aportes nos próximos 10 anos, destinados a impulsionar o futebol tricolor.
O plano prevê R$ 500 milhões iniciais nos dois primeiros anos, além da assunção integral da dívida de R$ 871 milhões. Dentro do montante global, cerca de R$ 4,7 bilhões serão destinados ao pagamento de salários e comissão técnica, R$ 1,1 bilhão para contratações, R$ 359 milhões para formação de jogadores e R$ 84 milhões para melhorias em Xerém.
Um ponto que chamou a atenção foi a projeção de aumento da folha salarial. Atualmente estimada em R$ 19 milhões mensais, a folha poderá subir em 30% até 2026, alcançando aproximadamente R$ 25 milhões mensais, patamar que colocaria o Fluminense entre os três clubes mais competitivos do Brasil.
O modelo busca inspiração em clubes da Premier League, adaptado à realidade brasileira. A estrutura de governança prevê um conselho com oito cadeiras, sendo seis para investidores e duas para a associação. O desenho garante maior profissionalização da gestão e mais segurança aos aportes.
Se aprovado, o formato pode representar não apenas a salvação financeira do clube, mas também uma chance real de transformar o Fluminense em referência de gestão sustentável no futebol sul-americano.