O comércio exterior da China mostrou fôlego em agosto, com superávit de US$ 103,22 bilhões, segundo dados divulgados pela Administração Geral de Alfândegas nesta segunda-feira. O resultado ficou acima dos US$ 98,24 bilhões registrados em julho e superou as projeções do mercado.

As exportações subiram 4,4% em dólares na comparação com agosto do ano passado, mas ainda abaixo do que os analistas esperavam. Já as importações avançaram 1,3% no mesmo período. Em moeda local, o superávit foi de 732,7 bilhões de yuans, com exportações crescendo 4,8% e importações aumentando 1,7% no ano.

Para os mercados financeiros, esse desempenho reforça a percepção de resiliência da economia chinesa, mesmo diante de desafios globais como a desaceleração no comércio internacional e as tensões geopolíticas. Um superávit mais robusto tende a fortalecer o yuan e influenciar preços de commodities ligadas à demanda chinesa, como minério de ferro, petróleo e cobre.

Esse resultado pode trazer reflexos importantes também para os investidores da bolsa de valores brasileira, já que a China é o principal destino das exportações nacionais. O desempenho do comércio exterior chinês costuma afetar diretamente o apetite por risco em mercados emergentes, além de influenciar as cotações do dólar e dos contratos futuros de commodities na B3.

No contexto atual, a notícia chega em um momento de maior atenção dos investidores para o ritmo da economia global. Os números do superávit chinês reforçam a relevância do país como um dos motores do crescimento mundial, e sua performance continua sendo um termômetro essencial para a direção dos mercados financeiros.

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