A taxa de desemprego no Reino Unido atingiu 4,7% nos três meses até julho, um avanço de 0,1 ponto percentual em relação ao período de abril a junho, segundo revelou nesta terça-feira o Escritório de Estatísticas Nacionais (ONS). O dado reforça a percepção de que o mercado de trabalho britânico está passando por um momento de transição, com ajustes ainda em andamento.
No mesmo período, a taxa de emprego foi estimada em 75,2%, mostrando leve alta de 0,1 ponto percentual frente ao trimestre anterior. Já a taxa de inatividade econômica apresentou queda de 0,2 ponto percentual, alcançando 21,1%. Esses números indicam que mais pessoas entraram no mercado de trabalho, mas nem todas encontraram colocação.
O relatório ainda destacou que o número estimado de vagas no trimestre encerrado em agosto caiu 10.000, ou 1,4%, totalizando 728.000. Essa retração nas oportunidades pode sinalizar que as empresas estão mais cautelosas diante das incertezas econômicas.
Quanto à remuneração, os dados apontaram que no trimestre de maio a julho o crescimento médio da remuneração total dos funcionários, incluindo bônus, ficou em 4,7%. Já o crescimento da remuneração regular, que exclui os bônus, foi ligeiramente superior, atingindo 4,8%.
No curto prazo, esses indicadores podem gerar impacto nas expectativas sobre a política monetária do Banco da Inglaterra (BoE). Um mercado de trabalho ainda resiliente, mas com desaceleração nas vagas, pode reforçar a percepção de que os juros deverão permanecer elevados por mais tempo para controlar a inflação. Isso tende a afetar a bolsa de valores de Londres (FTSE 100 – LSE:UKX), a libra esterlina (FX:GBPUSD) e os títulos do governo britânico, que já vêm reagindo de forma sensível a cada novo dado econômico divulgado.
No contexto atual, em que os mercados globais monitoram atentamente indicadores de emprego e inflação, a leitura dos números do Reino Unido ganha ainda mais relevância. Investidores acompanham de perto como esses movimentos podem redefinir o rumo da política monetária local e influenciar o comportamento de ativos internacionais.
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